Política A8
MANAUS, SÁBADO, 17 DE NOVEMBRO DE 2012
Tribunal já julgou irregulares as contas do deputado e ex-prefeito de Maués por um convênio efetuado e não realizado
ALBERTO CÉSAR ARAÚJO
O Tribunal de Contas da União (TCU) excluiu da pauta da última quarta-feira (14) o recurso ingressado pelo deputado estadual e ex-prefeito de Maués, Sidney Leite (DEM), referente à Tomada de Contas Especial julgada irregular em março de 2011.
CAMILA CARVALHO
Equipe EM TEMPO
PERSPECTIVAS
Segundo a Secex-AM, não há perspectivas de utilizar as máquinas paradas, em Maués, porque elas precisam de reparos. A reportagem tenta, desde o dia 14, contato com Sidney Leite, mas sem sucesso
Na defesa, Sidney Leite diz que fábrica de redes foi doada para uma associação de moradores
De acordo com a assessoria do tribunal, o recurso está nas mãos do ministro Walton Alencar, mas sem data para seguir a julgamento. O processo não está incluído na pauta da próxima sessão da corte de contas marcada para quarta-feira (21). Na ação, o deputado estadual e ex-prefeito recorreu da condenação que julgou irregulares as contas de um convênio firmado com o Ministério da Previdência e Assistência Social em 2004.
Em 2011, o parlamentar foi condenado a devolver mais de R$ 200 mil, com juros e mora contados a partir da data da assinatura do convênio, além do pagamento de uma multa no valor de R$ 5 mil.
O convênio foi firmado em dezembro de 2003 e teria de ser executado até julho de 2004. Os valores recebidos pelo Executivo de Maués eram destinados à construção de uma fábrica de redes no município.
Segundo o relator da tomada de contas especial, ministro André Luís de Carvalho, a fábrica de redes não foi sequer encontrada pelos técnicos do tribunal que foram in loco fiscalizar a aplicação dos recursos.
Repasse irregular
Ao tribunal, o ex-prefeito argumentou que, durante sua gestão, repassou a fábrica para uma associação de moradores e que está seria a responsável por gerir os recursos e colocar o empreendimento em pleno funcionamento.
O relator da ação contrapôs os argumentos do ex-prefeito e disse que a administração municipal não pode repassar patrimônio adquirido com recursos públicos a uma entidade privada sem qualquer tipo de formalização. "É de se notar, ainda, que a referida declaração entregue foi firmada por um indivíduo cujo vínculo com a suposta associação não resta demonstrado e nem mesmo a existência da sobredita associação foi comprovada", disse André Luís de Carvalho.
O ministro solicitou, então, que uma unidade técnica da Secretaria de Controle Externo do TCU no Amazonas fosse até o local para verificar a execução das obras e a compra dos materiais. Em resposta, a unidade técnica da Secex-AM informou que "uma equipe desta Secex-AM esteve in loco no município e constatou que o objetivo do convênio nº TR/Seas/MPAS/962/02 não foi cumprido, haja vista que as máquinas adquiridas encontram-se paradas, sem nunca terem sido utilizadas naquele município", diz um trecho.
CAMILA CARVALHO
Equipe EM TEMPO
PERSPECTIVAS
Segundo a Secex-AM, não há perspectivas de utilizar as máquinas paradas, em Maués, porque elas precisam de reparos. A reportagem tenta, desde o dia 14, contato com Sidney Leite, mas sem sucesso
Na defesa, Sidney Leite diz que fábrica de redes foi doada para uma associação de moradores
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