Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição - A original |
Aldemir Bentes – Maués, 22/06/2016 –
quarta-feira.
Ganhei um CD do meu amigo José Carlos, carinhosamente
chamado de Cueca. Ele não gosta desse apelido, no entanto, é assim que o povo o
conhece. E mais, Cueca é um acessório indispensável ao homem, é peça principal
de sua veste, assim, cueca é parte do homem.
Pois bem, nesse CD, as músicas são todas, com exceção
da última, dedicada a Jovem Guarda, anos 60 e 70. Gostei de todas e até me
inspirou a escrever sobre o aniversário da nossa cidade e tendo ao fundo, como
inspiração, as músicas do Zé Carlos...
É uma viagem no tempo, os mais remotos tempos, tempos
de menino, de adolescente que jamais se apagarão de minha memória, irão comigo
para meu túmulo...
Essas músicas nos remetem ao tempo no qual Maués ia da
Av. Dr. Pereira Barreto até a Rua Guaranópolis que começava a surgir e ser
povoada...
Nessa Rua, moravam a Dona Dindinha, mãe do seu Dedé, o
seu Trindade, o seu Maciel, pai do meu amigo Raimundo Holanda. Seu Maciel era
contemporâneo do seu Pinheiro e do Chico Baru, todos, funcionários do seu
Edmilson Said. Morava ainda, o seu Alexandre Gafanhoto, o Mizael, irmão do
Preto, dono do boi Caprichoso, o Vico, pai do Roberto Ternura, do Renato, seu
Alcides “Peludo”, seu Antonio Dias, Almeron, Zé Ferreira, pai do J. Ferreira,
seu Francelino, o Osmar Breves “Ararão”, seu Olavo Silva, o Zé do Padre, o seu
Vicente da Dona Mimi, da família Macêdo.
Nessa época, parte da Rua Waldemar Pedrosa, que ia da
Av. Dr. Pereira Barreto até a Baixa do Vai-quem-quer, hoje Rua Batista
Michiles, era tomada pelo terreno da antiga pilação, quase um quarteirão
inteiro. Na Rua Waldemar Pedrosa moravam o seu Chagas de Góes, a dona Dica de
Góes do seu João Pereira, o seu Piquinino da Tia Chiquinha, o seu Zé Perdido, a
Dona Izabel, mão do Eraca e do Peixe Boi, a Dona Zuleide, mãe da professora
Osvaldina, do Baco (Professor Eulálio Macedo), a Dona Preta do seu Aguinaldo,
mãe do Tiradentes, do Calá, o seu Arnaldo Biró, pai do Gute, do Ratinho, a Dona
Zozó do seu Nazário, mãe do mestre Beca, a dona Chica Boa do seu João Moraes, o
Santa Marta, a dona Chica, irmão do João Cheira Mel.
A Rua Amazonas começava a ser habitada. Nela, moravam a
Diquinha Pavão, a dona Evilázia Freitas, a Dona Davina do seu Eupídio, a Dona Raimunda
Amaral do Humbertão, o seu Mario Edmundo e a dona Floriza, o Chico Branco, o
seu Mariano da Dona Joana, o seu Pedrinho da Dona Luzia, a dona Vitória do seu
Natal, o seu Armando, o seu Zé Padeiro da dona Ilza, a Dona Lídia, mãe do
Paulo, o seu Lavareda, o seu Magalhães, pai do Dorival, João e Alexandre, seu
Paulo da Dona Cristina, mãe da Zeneide, minha colega de aula, seu Miguel, pai
da Alice. Na Rua dos Doces, no sentido da Av. Antarctica, saindo para o SAAE,
neste tempo não havia rua, somente um caminho, moravam o famoso Valmir
Barbeiro, o Grusso, pai do Nasceuzeno, Oleio, Dulo, Aparecida, Didi e Binzo, a
Dona Margarida do seu Antonio Maxico, pais do Miguelão, Bigodão e do nosso
saudoso Luíca “PACONSO”, morto precocemente em Manaus.
Ainda tinha o seu Raimundo Marques da Dona Ana que
moravam onde é hoje o SAAE. O SAAE comprou o terreno e eles foram morar na Rua
Waldemar Pedrosa, canto com a Rua Castelo Branco (hoje Av. Francisco Magnani).
Nesta mesma Rua, moravam o seu Coutinho da Tia Bita, mãe do Peida Fede e Cabo
Jango, do Cutia, do Normando, ao lado, moravam o Jabuti, a Maroca, o Bôto, a
Tia Odócia, o seu João Porto.
Velhos tempos...velhas lembranças...
A cidade começava a se expandir... A Igrejinha (Cristo
Bom Pastor) foi construída pelo Padre Leão Martinelli e lá, se instalou um
serviço de alto-falante, quem comandou por um longo período, foi o Cláudio
Alves...
Mas, a Voz Serenata, do Zé Cote, dominava o mercado da
comunicação...
Os Conjuntos Musicais começaram a surgir, assim,
surgiram Os irmãos Dinelli, Superstar, Os Atômicos, mas, o Superstar do Parada
e Luiz Otávio ganhou fama e prestígio... Por lá passaram Josino, Mico, Otávio
Magnani, Paulino, Aderson, Esmeraldo, Debranildo, Canela e muitos outros...
Os músicos João Piranheira, Paulo Gondim e Jurandir,
já eram conhecidos e faziam sucesso, tanto na cidade, quanto no interior de
Maués.
Nessa época, os cantores famosos eram Paulo Sérgio,
José Roberto, Roberto Carlos, Ciro Aguiar, que esteve aqui por Maués e
justamente, por todas essas músicas gravadas no novo CD do José Carlos que
prestamos essa homenagem a Maués...
Maués do Guaraná, da Ponta da Maresia, do senador José
Esteves, do Zé Cote, do seu Jayme Benchaya, do dentista Walton Bizantino, do
seu Otacílio Negreiros, do seu Agenor Carneiro, da Joana Veneno, do seu Zuzu
Mafra, do seu Milton Nogueira, do professor Salum de Almeida, da professora
Raimunda Rocha, da Professora Gervis, da professora Salime Benchaya, do poeta
Almir Gomes de Almeida, do Xavico, nosso maior contador de estórias e de tantos
filhos e filhas de Maués que ajudaram a escrever a nossa história...
São 183 anos, de glórias, de persistência, de amor por
este chão maravilhoso que acolhe a todos, seja quem for...
Maués, nossa Terra, nosso amor, parabéns!! Parabéns!!!
Que os deuses do amor continuem a te proteger dos
maus, aqueles que não querem te ver feliz, prosperando e melhorando a vida do
teu povo...
Parabéns José Carlos pelas canções, obrigado Maués por
me conceber como filho...
VIVA
MAUÉS!!!!
Maués-Am., a
Terra do Guaraná, 183 anos no dia 25 de junho de 2016.
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