Câmara de Vereadores de Maués: E o Heraldo Santos estava Certíssimo

CÂMARA DE VEREADORES DE MAUÉS

E o Heraldo Santos estava CERTÍSSIMO.
Por Aldemir Bentes de Maués
terça-feira, 04 de maio de 2010

Depois de tentarem esconder da população, que a votação para aprovação ou rejeição das contas do ex-prefeito Sidney Leite seria votada em plenário no dia de hoje, 04/05/2010, a Câmara de Vereadores de Maués, confirmou o que a maioria da população já sabia: as contas do ex-prefeito Sidney Leite foram aprovadas por 5 X 3.

No início da manhã, a votação não constava na pauta da sessão, a busca por informações eram desencontradas, somente no chamado grande expediente é que a votação entrou na pauta.
Por cinco votos a favor e três contra, as contas de Sidney Leite foram aprovadas.

Os votos a favor da aprovação, foram dos vereadores, Miguel Gonçalves, Raimundo Rodrigues, Martinéia, Simoca e Júnior Leite. Os votos contra a aprovação, foram dos vereadores Pastor Alcir Santos, Cléia Brasil e Heraldo CB.
O vereador Rodrigo Bentes não compareceu ao plenário.

Como foi anunciado ontem no Blog do Aldemir, através do artigo do Heraldo Santos, depois que o presidente Miguel Gonçalves, nos bastidores, acenar com a possibilidade de votar contra a aprovação das contas, a reação foi imediata, Miguel sofreu pressão dos vereadores Simildo Rocha e Júnior Leite. Sem saída, mudou de opinião, voltou atrás e hoje, em plenário, votou pela aprovação sem grandes alardes, justificando, segundo ele, o parecer do Tribunal de Contas do Estado que recomendava a aprovação.
Já os vereadores que votaram contra a aprovação, justificaram seus votos, segundo eles, seguindo as recomendações do Ministério Público Estadual que sugeria a desaprovação.

Ficou provado mais uma vez, que na política de Maués, quem manda são os “caciques” e que os “peões” apenas obedecem e quando qualquer “peão” demonstra desobediência, é punido com denúncias que os obriga a recuar. Mesmo com o resultado de hoje, as denúncias contra o presidente Miguel Gonçalves devem ser apuradas pelo Ministério Público, pois são denúncias gravíssimas e o que ficou evidenciado é de que existem indícios de veracidade nas denúncias apresentadas, pois se assim não fosse, o presidente Miguel Gonçalves não teria recuado.

Neste episódio e nos outros que virão, a população de Maués deve fazer a seguinte leitura: é preciso que se mude o modo de escolha de nossos representantes. Ao escolhermos um representante é imperativo que se busque analisar suas histórias de vida, seus propósitos e principalmente, o seu comportamento ético. Se as denúncias formalizadas contra Miguel Gonçalves não tivessem nenhum fundamento, ele não recuaria e acreditamos que “outras” ameaças também foram colocadas contra ele, porque não é possível a demonstração de fragilidade apresentada, fazendo com que mudasse de atitude de uma hora para outra.

Daí, a necessidade de escolhermos representantes que tenham independência para analisar, julgar e votar, optando pela razão em detrimento de interesses de grupos e pessoas.
Se a população continuar a votar em representantes que apenas “querem ser apenas mais um político”, nada irá mudar, continuaremos a ver obras inacabadas, gastos públicos sem prestação de conta, denúncias que só vêm à tona em vésperas de votação de matérias de relevância, retenção de valores descontados de funcionários, atraso no repasse de valores de Previdência Complementar (própria) de um ano para outro, maquiação de salários de servidores através de gratificação e outras irregularidades que a população não tem conhecimento.

Tudo que o Heraldo Santos expôs, está dentro da realidade política de nosso município. A opinião pública deve fazer uma nova leitura e procurar selecionar seus representantes. Representante não é para pagar água, luz, aluguel, remédio, dar rancho, gasolina e outras coisas a troco de voto. Representante é para lutar em prol do coletivo, propondo melhorias para todos, fiscalizando, denunciando, cobrando das autoridades, isso sim, é legislar.

Não estamos criticando o resultado da votação das contas do ex-prefeito Sidney Leite, o que se está discutindo foi a forma como ocorreu a aprovação, desde a “rebelião” do Presidente Miguel Gonçalves, as denúncias contra a sua administração, culminando com o seu: “sim Senhor”. Se a sua administração fosse uma administração TRANSPARENTE, na qual as despesas e as receitas estivessem à disposição (em linguagem popular) da população para consulta a qualquer tempo, DUVIDO que esse tipo de denúncia tivesse vindo à tona e DUVIDO também se ele recuaria em seus propósitos. Fica a lição, Presidente Miguel, reconheça seus erros, implante a TRANSPARÊNCIA a partir de agora, na continuidade de sua administração a frente da Câmara de Maués, agindo assim, nunca mais ninguém duvidará de seus atos, ao contrário, servirá de BOM exemplo para as futuras administrações legislativas e executivas.

O Heraldo Santos estava CERTÍSSIMO.

*Aldemir Bentes é filho de Maués, Escritor, Formado em Letras pela UEA – Núcleo de Maués – Maués-AM, 04/05/2010 – terça-feira - de 22:02 às 23:13 h

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