domingo, 06 de outubro de 2013.
Aldemir Bentes
A história desse guerreiro começou
nas margens de águas barrentas do Rio Madeira, município de Borba, Amazonas.
Filho de um grande carpinteiro
naval e uma dona de casa. Pouco se sabe sobre as raízes orgânicas dessas
famílias. A SOUZA, é migratória do Maranhão, já a BENTES, de sua mãe, teve um
longo caminho. De origem judia, se inicia no Marrocos, migra para o Brasil, em
Belém do Pará e se dissemina pela vasta região Amazônica.
O menino nascido em Borba é o
segundo filho do casal, no total de quatro filhos, três homens e somente uma
mulher..
Com os recalços da vida, seu pai
se desloca rio abaixo, trazendo consigo, parte da família. Percorre rios,
igarapés, vilas e finalmente, desembarca em Maués. Segue para o Rio Apocuitaua
e começa a trabalhar na Vila Cicantá, no alto do rio, na construção de
embarcações, sua especialidade.
Sua mãe, com saudades, com outros
dois filhos que ficaram sob sua guarda, faz o mesmo percurso, desce rios,
lagos, vilas... Se informa aqui, busca o destino de seus familiares até
encontrá-los.
Naquela época, os barcos eram
raros e de pouca potência, assim, imaginem o tempo que ela levou para chegar
navegando e parando, de Borba até o Cicantá.
A viagem foi dura, cheia de
sacrifícios, de incertezas, mas valeu a pena, se encontrou com seus dois filhos
e o marido...
Após esse encontro, as relações
conjugais foram desfeitas e cada um seguiu seu destino....
Assim, sua mãe voltou a contrair novo matrimônio e
seu ex-esposo, também.
Nem por isso, a educação e
conduta dos filhos ficaram abaladas, ao contrário, as responsabilidades por
tudo isso ficou com o casal.
O pequeno menino, desde muito
cedo, devido à separação, já assumiu a grande responsabilidade de ajudar seus
irmãos e sua mãe, assumindo o papel de grande relevância para um menino.
Não se intimidou e começou a
trabalhar em pequenos serviços ainda na Vila Cicantá. Depois, sua mãe ficou no
Rio Apocuitaua, no Igarapé do Diamante e o pequeno menino, veio para a cidade
de Maués para trabalhar e estudar, juntamente com outros seus irmãos.
O menino começou a estudar e
trabalhar para garantir sua sobrevivência e ainda, ajudar sua mãe no que fosse
possível, assim, trabalhou na Usina de Pau Rosa da família Magaldi, na empresa
do senhor Leonel Alves, na Casa Paris do senhor Ferdinando Desideri e no Bar Iracema
do senhor Assis Negreiros, onde foi balconista por muitos anos.
Além do trabalho e estudo, ainda
pescava, “tarrafeando” para garantir sua alimentação..A Vida não foi fácil para
esse menino, agora, já adolescente.
Por sua responsabilidade e
dedicação aos estudos, foi contratado pela Fundação SESP, única casa de saúde
no município de Maués na época.
Já trabalhando em uma instituição
federal, deu prosseguimento em seus estudos. Deixou o SESP e assumiu a direção
do SAAE, sendo um dos primeiros administradores dessa autarquia na cidade de
Maués.
Agora já com família constituída,
sua responsabilidade aumentou, pois seus irmãos, fruto do segundo casamento de
sua mãe, perderam o pai e a responsabilidade de criá-los e educá-los ficou sob
seus cuidados compartilhados com sua mãe.
A vida seguiu e ele continuou a
estudar. Se formou professor e ao mesmo tempo, exercia a função de secretário
da Unidade Educacional de Maués....
Mesmo com todos esses desafios,
conseguiu vencer e educar todos que estiveram sob sua responsabilidade..Foi
difícil, foi penoso, mas ele venceu..
E hoje, dia 06 de outubro de
2013, está completando 75 anos de VIDA, junto de amigos e de sua família que
tanto o amam, admiram e respeitam.
Vamos cantar os parabéns, com
centenas de vozes, de seus filhos, genros, noras, irmãos, sobrinhos e
sobrinhas, netos e bisnetos e dizer: Nós te amamos!
Parabéns professor PERCILDO
MARQUES DE SOUZA.
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