Matéria do Jornal A Crítica
Delegado de Polícia, dois investigadores, um escrivão e dois ‘colaboradores’ tiveram a prisão preventiva decretada
O
delegado de Polícia do Município de Maués (a 268 quilômetros de
Manaus), Mário Sérgio Leite de Melo, os investigadores Fabrício
Negreiros do Couto Martins, Jacob dos Santos Moraes e o escrivão
Francisco Sullivam Régis Marinho estão com a prisão preventiva decretada
desde a última terça-feira. Eles são acusados de crimes de tortura,
homicídio tentado, lesão corporal de natureza gravíssima, abuso de
autoridade, peculato, prevaricação, usurpação da função pública, omissão
de socorro e formação de quadrilha. Além dos policiais, também estão
sendo investigados José Carlos Saunier Barbosa e Kedison de Oliveira
Barbosa, o “Biro-Biro”, que faziam parte do grupo como colaboradores.
Segundo
a promotora de Justiça do município, Yara Marinho, desde que assumiu o
cargo no início do ano moradores da cidade fizeram diversas denúncias ao
Ministério Público do Estado (MPE-AM) acusando os policiais
principalmente de abuso de autoridade e tortura contra presos.
De
acordo com a promotora, as denúncias foram se intensificando e o
Ministério Público pediu que a Corregedoria do Sistema de Segurança
Pública investigasse o caso.
Segundo
a corregedoria, as irregularidades encontradas em vários inquéritos
policiais e flagrantes lavrados pelo delegado de Maués, juntamente com
as denúncias de tortura de preso nas dependências da delegacia e
depoimentos, resultaram em sete inquéritos instaurados, cinco Termos
Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e vários procedimentos
administrativos.
A
promotora acrescentou ainda que o homem conhecido como “Biro Biro”, que
atuava como colaborador, não é policial, mas andava armado e agia como
tal, impondo respeito e medo na cidade. De acordo com os moradores, o
homem seria traficante de drogas.
O
documento enviado ao secretário de Segurança Pública do Estado, Roberto
Vital, indica que o delegado Mário Melo e o colaborador Biro-Biro estão
no Careiro Castanho, o colaborador Saunier estaria em Manaus e o
restante da quadrilha em Itacoatiara.
De
acordo com o despacho do juiz Jorsenildo Dourado, todos os crimes que a
organização criminosa é acusada foram praticados dentro do 48º Distrito
Integrado de Polícia, no Município de Maués.
O
delegado geral da Polícia Civil, Josué Rocha, informou que os mandados
de prisão foram encaminhados para o diretor de Departamento de Interior,
mas até o momento os acusados não foram presos. “Os policiais foram até
os locais onde eles estariam trabalhando, mas nenhum foi encontrado”,
disse Josué Rocha.
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