Estado Islâmico
Convertido ao islamismo recentemente, Ali Oziris Lundi foi desligado há três meses do setor de suporte técnico do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), órgão da SSP-AM 21/07/2016 às 16:57 - Atualizado em 21/07/2016 às 17:59
Joana Queiroz
Ali Oziris Lundi é o nome do homem preso hoje em Manaus, pela Polícia Federal, como suspeito de planejar atentados terroristas do Estado Islâmico
durante os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Ele e mais nove pessoas foram
detidas durante a Operação Hashtag, deflagrada em outros nove estados
brasileiros, além do Amazonas.
Convertido
ao islamismo recentemente, Ali Oziris Lundi trabalhava no setor de
suporte técnico do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops),
órgão da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). O suspeito pediu
demissão há três meses, tempo da investigação. Segundo colegas, ele
fazia rituais muçulmanos dentro do Ciops.
Informações dão conta de que Ali Oziris Lundi teria entrado em
contato com o Estado Islâmico pelo Facebook e jurado fidelidade ao islã.
O secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, já tinha conhecimento
das ações do homem. O suspeito foi ouvido hoje na sede da Polícia
Federal, em Manaus.
Operação da PF
“De simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para
atos preparatórios. A partir disso foi feita prontamente a atuação do
governo federal”, disse o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em
Brasília. Segundo Moraes, o EI teria pedido para que os dez suspeitos
treinassem luta e manuseio de armas, que seriam adquiridas no Paraguai.
Para Moares, o grupo de brasileiros ligado ao EI era “amador”.
Em todo o País, a Operação Hashtag teve o objetivo de desarticular o
grupo envolvido na promoção do Estado Islâmico e na execução de atos
preparatórios para a realização de atentados terroristas e outras ações
criminosas. É a primeira operação policial após a publicação da Lei
13.260/2016.
Cerca de 130 policiais cumpriram mandados judiciais expedidos pela
14ª Vara Federal de Curitiba, sendo dez prisões temporárias, duas
conduções coercitivas e 19 buscas e apreensões, nos estados do Amazonas,
Ceará, Paraíba, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e
Rio Grande do Sul.
As investigações
As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de
redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal (DAT). Os
envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da
Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e
até mesmo no exterior. Uma ONG com atuação na área humanitária e
educacional também é investigada por participação no caso.
Os investigados responderão individualmente, na medida de suas
participações, pelos crimes de promoção de organização terrorista e
realização de atos preparatórios de terrorismo, ambos previstos na Lei
13.260/2016. A pena para o primeiro crime é de cinco a oito anos de
prisão, além do pagamento de multa. Para quem executa atos
preparatórios, a pena varia de três a 15 anos de prisão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa matéria.Comentários alheios ao assunto ou que agridam a integridade moral das pessoas, palavrões, desacatos, insinuações, serão descartados.