domingo, 4 de dezembro de 2016



A ENERGIA ELÉTRICA EM MAUÉS
Uma história construída com energia
Celetramazon em 1967 - Foto: Arquivo pessoal de Alciney Pimentel

Eletrobras Distribuição Amazonas - dezembro de 2016 - Foto: Aldemir Bentes

Aldemir Bentes
Maués é uma pequena cidade do interior do Estado do Amazonas, distante (258 quilômetros, em linha reta) da capital Manaus, 18 horas de barco e 45 minutos de avião, fica localizada na zona do Médio Amazonas, situada à margem direita do Rio Maués Açu, chamado pelos habitantes de Rio Preto. Conhecida como “Terra do Guaraná” está a 25 metros de altitude (a sede) do nível do mar e possui uma área de 40.164 Km2. Dois distritos compõem o município: Osório da Fonseca (Paraná do Urariá de cima) e Repartimento (no rio Maués Açu).
A energia elétrica se inicia nos anos 50, quando o prefeito era José Baptista Michiles, Donga Michiles, em cuja gestão, adquiriu um gerador de baixa potência, servindo apenas uma parte da cidade que se limitava entre a Av. Dr. Pereira Barreto até a Rua Getúlio Vargas.
A usina era administrada pela prefeitura de Maués e operada pelos Srs. Jayme Benchaya, Guilherme Mc Comb e Antonio Oliveira (Carimã) e o fornecimento de Energia se limitava ao horário de 18 às 22h30min.
No governo de Danilo de Matos Areosa, em 1966, se iniciou a construção de uma usina de geração de energia elétrica em Maués que tinha como prefeito, Carlos José Esteves, sob a administração do Governo do Estado.
A Inauguração se deu no dia 13 de dezembro de 1967, com o nome de Centrais Elétricas do Estado do Amazonas – CELETRAMAZON.
A usina e o escritório foram edificados na Rua Batista Michiles, onde antes, era guaranazal e roça de mandioca. Até os dias atuais, a usina permanece no mesmo endereço, somente o escritório comercial que funciona na Rua Coronel Tito Leão, centro da cidade.
A usina iniciou suas atividades com o funcionamento de 03 Caldeiras da Marca Mernaque, de fabricação nacional, produzidas no Rio Grande do Sul, e a  madeira era a matéria prima para o funcionamento das caldeiras, criando mais uma fonte de renda para os habitantes do lugar.
Inicialmente, a usina possuía uma capacidade operacional de 375 kW, o suficiente para atender a população da cidade 24 horas.
Paralelo a construção da usina, construiu-se a rede de distribuição, com postes de madeira, espécie Acariquara, atendendo apenas 70% de domicílios da cidade, correspondendo a aproximadamente a umas 200 Unidades Consumidoras residenciais e comerciais.
A cobrança do consumo de energia era feito por meio de faturas, confeccionadas em Manaus e entregues nas residências e comércios da cidade.
O primeiro Agente da usina em Maués foi o senhor Pitágoras e os primeiros funcionários, entre administrativos e foguistas (o responsável pelo abastecimento de lenha na caldeira), foram:

·         Sebastião José Negreiros Ferreira – Canela;
·         Nelson Góes da Cunha;
·         Roberto Barroso;
·          Alacy Michiles Ferreira;
·         José Magalhães;
·          Romão Nunes;
·          Raimundo Paulo Araújo;
·          José de Arimatéia de Negreiros;
·          Antonio da Silva Souza – Da Vigia;
·         José da Silva Negreiros – Zé Valente;
·         Aderson Valentim;
·         Elias Monteiro Ferreira;
·         Marcelo Dineli dos Santos;
·         José Elias de Albuquerque – Zé Elias;
·         Francisco Assis Coroado;
·         Natalino de Almeida – seu Natal; e
·         Gabriel Tavares da Costa.
Atualmente, a potência efetiva da Usina Termelétrica de Maués foi elevada para 14.680 KW, para atender uma média de demanda de 8.067 KW. Esse acréscimo de demanda foi decorrente das expansões da Rede Elétrica que além da Zona Urbana também se contemplou a Zona Rural por meio do Programa Luz para Todos, e por tamanhas ações hoje podemos contabilizar a cerca de 9.163 domicílios atendidos com ligação elétrica provenientes desta Agência,  dados de outubro de 2016.
No ano no qual a usina de Maués completa seus 46 anos de existência, a perspectiva para o desenvolvimento de Maués está nos planos de investimentos do setor energético, buscando a cada dia, a produção de energia limpa, respeitando o meio ambiente e gerando energia de fonte segura, daí, a expectativa da interligação do sistema elétrico de Maués, ao Linhão de Tucuruí.
A energia move o mundo e a Eletrobras Distribuição Amazonas, move o Estado do Amazonas, levando qualidade de vida para seus habitantes.

Aldemir Bentes, funcionário da Eletrobras Distribuição Amazonas, lotado na Agência de Maués – Maués, 28 de novembro de 2016.
Fonte: Sebastião José Negreiros Ferreira – Canela - Percildo Marque de Souza.

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