QUI, 19/09/2013 -
07:39
EX-GESTORES DA MANAUSPREV SÃO ALVOS DA POLÍCIA FEDERAL
A Polícia Federal está cumprindo 27 mandados de
prisão e 75 de busca e apreensão no Amazonas e em oito estados do país. Em
Manaus os alvos são ex- gestores da Manausprev, uma vez que foram identificadas
irregularidades no regime previdenciário do município. Institucionalmente, a PF
não a fez até as 11 horas nenhuma incursão no prédio da Manausprev.
O objetivo da operação, batizada de Miquéias, é
desarticular organização criminosa acusada de lavagem de dinheiro e de má
gestão de recursos de fundos de pensão de municípios. 350 homens atuam no
cumprimento dos mandados em todo o país.
A investigação iniciou há um ano e meio para
apurar lavagem de dinheiro por meio da utilização de contas bancárias de
empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de “laranjas” ou
“testas-de-ferro”, de forma a ocultar os verdadeiros responsáveis por tais
movimentações. Verificou-se a existência de uma holding de empresas que
consistia em um verdadeiro serviço de terceirização para lavagem do dinheiro proveniente
de crimes diversos.
Uma vez creditados nas contas bancárias das
empresas investigadas, os valores ilícitos ficavam circulando pelas demais
contas pertencentes à quadrilha até serem, enfim, sacados em espécie.
Os “laranjas” e as “empresas” eram periodicamente
substituídos por outros para não despertarem atenção dos órgãos de
fiscalização. Nos dezoito meses de investigação, foram sacados mais de R$ 300
milhões nas contas dessas empresas.
Até o momento, entre as inúmeras células
criminosas da organização, foram individualizados três núcleos distintos que
contavam, inclusive, com a participação de policiais civis do Distrito Federal,
responsáveis pela “proteção” da quadrilha.
No curso da investigação, observou-se que os
líderes da organização criminosa também desenvolviam outra atividade ilícita: o
aliciamento de prefeitos e gestores de regimes próprios de Previdência Social a
fim de que eles aplicassem recursos das respectivas entidades previdenciárias
em fundos de investimentos com papeis pouco atrativos, geridos pela própria
quadrilha e com alta probabilidade de insucesso.
Esses fundos eram formados por “papeis podres”,
decorrentes da contabilização de provisões de perdas por problemas de liquidez
e/ou pedidos de recuperação judicial dos emissores de títulos privados que
compõem suas carteiras. Severos prejuízos foram verificados no patrimônio
desses regimes próprios de Previdência Social.
Os prefeitos e gestores dos regimes de
previdência eram remunerados com um percentual sobre o valor aplicado. O esquema
contava também com a intermediação de importantes lobistas que faziam o elo
entre agentes políticos e a quadrilha.
qui, 19/09/2013 - 16:41
Danielle Leite vai à PF
depois de mandado de busca em sua casa
Policiais
federais estiveram na manhã desta quinta-feira no apartamento da ex-diretora da
Manausprev, Daniella Leite, mas encontraram o imóvel vazio. Havia um mandado de
busca e apreensão contra a ex-gestora, acusada de participar de um esquema de
lavagem de dinheiro do fundo, ao transformá-lo em papéis podres. A Manausprev
perdeu R$ 40 milhões em aplicações no BVA, banco colocado em liquidação pelo
Banco Central em junho deste ano. Danielle, que agora reside no condomínio
Efigênio salles, compareceu horas depois pessoalmente ao Departamento de
Polícia Federal.
A
investigação começou há um ano e meio para apurar a lavagem de dinheiro por
meio de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nomes
de laranjas, para ocultar os verdadeiros responsáveis pelas movimentações. A
fraude não se resumia a Manausprev, mas a outos regimes de pensão do
funcionalismo municipal em diversos estados.
Portal do Holanda
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