Matéria do Jornal A Crítica
O
delegado - que havia sido preso em outubro do ano passado na Operação
Tribunal de Rua - estava com o neto de um ano e seis meses no colo
quando foi surpreendido pelos atiradores
O
delegado da Polícia Civil do Amazonas e ex-titular da Força Tarefa da
Secretaria de Segurança Pública (SSP), Oscar Cardoso, foi morto neste
domingo (9) com mais de 20 tiros na rua Negreiros Ferreira, bairro São
Francisco, na Zona Sul de Manaus. O delegado estava afastado das funções
desde outubro do ano passado, quando foi preso com mais seis policiais militares na Operação Tribunal de Rua.
Nesta tarde, ele estava em uma banca de peixe assado, localizada na
mesma rua onde mora, com o neto de um ano e seis meses no colo e foi
surpreendido pela ação dos assassinos. Os atiradores chegaram a pedir
que os populares se afastassem e tiraram a criança antes de atirarem.
De
acordo com a assessoria da Polícia Civil, o delegado chegou a ser
socorrido, mas morreu antes de dar entrada no Hospital e Pronto-Socorro
(HPS) 28 de agosto. Ainda segundo a assessoria, Oscar estava na rua com o
neto no colo quando quatro homens em um veículo branco, um Gran Siena
branco, de placas OAH-7732, chegaram e pediram para as pessoas se
retirarem do local rapidamente. Em seguida, o delegado foi abordado e
chegou a virar de costas para proteger a criança, porém, o bebê foi
tirado por um dos atiradores.
O
delegado ainda tentou correr, mas recebeu vários tiros pelo corpo.
Cerca de 25 projéteis foram encontrados na cena do crime pela perícia
do Instituto de Criminalística. Antes de saírem do local, os suspeitos
deixaram a criança no local. Segundo testemunhas, os assassinos
aparentavam conhecer a vítima e agiram de 'cara limpa'.
Delegacia
Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) está investigando o
caso e o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para fazer a remoção
do corpo na unidade de saúde. Policiais militares da 1ª Companhia
Interativa Comunitária (Cicom) fizeram o isolamento da área.
Envolvido em esquema
O
delegado Oscar Cardoso coordenava o grupo de elite da SSP, o Força
Tarefa, quando foi preso após uma investigação sigilosa da Secretaria
Executiva de Inteligência (Seai) em outubro do ano passado. Ele e mais
seis policiais militares, além de um ex-PM foram presos na ocasião.
As
prisões aconteceram após denúncias da população, que informaram sobre a
atuação do grupo em crimes de extorsão, sequestro, tráfico de drogas,
associação para o tráfico e corrupção ativa praticados em Manaus.
*Colaborou o repórter Vinicius Leal do Manaus Hoje
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