segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MANIFESTO DO POVO PARAUARIENSE E DE CIDADÃOS MAUEENSES.

Por Dalmo Ribeiro

Localização do município de Maués-AM., Letra "B".


100 T. D’OURO E 08 BI DE R$: Eis o que quer a ONG, apropriando-se indevidamente das riquezas, de cujo único detentor é o povo de Maués.
Temos uma grande “batalha gloriosa” em 2012, à qual já posso chamar de: “ A Batalha do Ouro”. Vai ser uma peleja de Davi contra Golias, onde o gigante Golias luta com toda sua robustez para tentar massacrar o pequeno reino do sábio Davi. Os Golias são o ICM-BIO (Instituto Chico Mendes e Biodiversidade), a SDS (Secretaria de Desenvolvimento Sustentável) e o governo do Pará que, juntamente com o governo federal, conspiram contra o município de Maués. Os sábios membros do reino de Davi são a Sociedade Civil Organizada, o Conselho de Cidadãos, a classe política do Baixo Amazonas e trabalhadores do campo e da cidade, sendo que, o maior protagonista dessa batalha histórica será o Povo de Maués, que há mais de um século, protege suas riquezas minerais, faunísticas, florísticas e humanística. A fera faminta se aproxima e, para combatê-la, urge que nos organizemos desde agora. Maués sobrevive só por si, nunca tivemos investimentos de grande envergadura econômica, que de fato viabilizasse nossa economia, tais como na Cultura, no campo Social, no próprio campo econômico e nos aspectos de infraestrutura, (porém, o PROSAI – MAUÉS deva servir de pretexto para a entrada de Maués em cenário nacional quanto à construção de estação ecológica), como é que, só agora, esses estamentos que recebem dinheiro público querem uma coisa que há anos permanece, por nós, intacta. Isso é um absurdo, não existe na história do Amazonas fato tão grotesco e vulgar da parte destes órgãos que querem, através do intuito e do pretexto de criar uma Reserva Ecológica Federal o que na verdade inviabiliza nossa autonomia dentro do nosso próprio ambiente de vivência e sustentabilidade, conforme nossa própria tradição. Tentar surrupiar nossas riquezas animais, vegetais, humanas, minerais e territoriais é estar submetendo toda a nossa história e a tradição do povo da floresta a uma alienação sem-fim, portanto, nossas riquezas, dela cuidamos nós. Segundo a CPRM, empresa Pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia, especializada em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade da Amazônia afirma que há uma jazida aurífera entre a região de Maués, ou seja, do Parauari ao Tapajós no Pará de 100 toneladas, orçada em 08 bilhões de reais, o que evidencia o real interesse na criação de usina hidrelétrica naquele estado da federação em criar áreas ecológicas para compensação, com área de interesse de 6.600 Km², área que deixa de ser maueense para se tornar terra de interesses de grandes grupos empresariais.
É mais da metade do território que Maués possui, seria uma perda fatal para toda a sociedade, uma vez que fazemos divisa com aquele estado, acarretando a abertura da nossa porta para a entrada de ilícitos em nossa cidade. Vieram sem nos consultar, com se fôssemos uma cidade fantasma, como se fôssemos pessoas insipientes, como se não tivéssemos força combativa, como se não tivéssemos nossa própria ideologia, querendo de forma sínica e imposta que aceitássemos tal proposta. Não é assim. Não somos um povo que aceita tais medidas. Nunca aceitaremos, ainda mais em se tratando de um elemento que desde a mais tenra idade até a nossa fase senil é parte constituinte de nossas vidas. É um sentimento que carregamos desde nossas antigas gerações e perpetuamos com as nossas do nosso peculiar modo. Amamos nosso torrão, por ele temos um sentimento muito grande de afetividade e não são políticas de interesse econômico que vão destruir a nossa sensibilidade de verdadeiros protetores daquilo que já nasce conosco: nossos rios, nossas matas, nossas aves, nossas flores, nossas praias, nossos igapós, nossos peixes, nossas frutas, nosso guaraná e nossas riquezas do subsolo. Será que é só no Rio Amana, no Rio Parauari que existem áreas para esta finalidade? Por que será que escolheram a encantadora Maués? Qual é o verdadeiro interesse, logo em Maués que é a última cidade do Baixo Amazonas, onde muitos diziam ser o fim do mundo? Destarte, por que não escolheram uma cidade onde a passagem geográfica é privilegiada ou uma área do alto Solimões, ou do Madeira, ou do Juruá, ou do Purus, por quê? Todas essas indagações vão ter sua resposta tão-somente em 2012, onde as discussões devem ganhar contornos acalorados por parte da proposta escusa a que nos estão querendo impor. Portanto, assim como foi o “Petróleo é nosso” em 1950, com a luta contra o monopólio estrangeiro da exploração do petróleo brasileiro, assim será em 2012 com a luta contra a criação de Reservas Ecológicas que mutilam e engessam nossa consciência e o nosso progresso.

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