Nesse dia das mães, quero dedicar este artigo, escrito em 26 de dezembro de 2008, em memória de minha eterna mãe: Cândida Bentes de Souza
Hoje, 26 de dezembro de 2008, sexta-feira,
senti uma saudade imensa de você. Como em um filme, cenas de nossas vidas se
passaram em meus pensamentos. Vivi naquelas cenas, bons momentos, maus
momentos, sobretudo, os bons momentos prevaleceram. Fiz uma viagem no tempo,
velhos tempos...tempos em que você era a única pessoa que me dava de tudo, o
meu sustento e muito Amor. A tua vida foi dedicada a nossa sobrevivência,
jamais mostrastes cansaço diante das dificuldades, nem mesmo o analfabetismo
tirou o brilho da tua vida e da tua Luta para criar teus filhos... fostes uma
guerreira, uma vencedora, um exemplo de Vida e de perseverança, jamais
deixastes de te preocupar e ajudar teus filhos.
Dos primeiros momentos de minha vida, me
recordo das plantações de mandioca na qual juntos, fazíamos todos os serviços,
eu era a tua companhia. Nas centenas de viagens que fizemos até a casa de minha
irmã Lazinha que morava no Rio Apocuitaua no Igarapé do Diamante. Lá neste
lugar, passei grandes momentos de minha infância sempre junto de ti. Na
colheita de guaraná na propriedade do Senhor Osvaldo, na produção de farinha de
mandioca eu sempre estive contigo, das dormidas na rede, do cheiro do teu
corpo, da quentura, da segurança que sentia quando estava ao teu lado, de tudo,
relembrei hoje.
Das viagens no Barco Motor São Francisco que
nos levava até a propriedade do Senhor Fontenelli no Paraná do Urariá de Cima,
no município de Nova Olinda do Norte, onde trabalhavam meus dois irmãos,
Perciano e Érico que eram carpinteiros navais. Todos os anos nos quais eles por
lá trabalharam, na época das férias escolares, lá estávamos nós matando
saudades e revendo amigos e conhecidos.
Passastes por momentos difíceis em tua vida,
quando perdestes a nossa querida irmã Lazinha que faleceu de parto. Da perda do
irmão Érico e depois do Perciano. Aguentastes porque DEUS te deu forças para
superar essas perdas, pois o teu amor pelos teus filhos era inimaginável.
Conquistastes o respeito, a admiração e o
carinho de todos de tua família e dos que conheciam tua vida. De teus netos,
ganhastes o respeito e o amor, pois jamais te renegastes de cuidá-los quando se
fazia necessário, era como uma segunda mãe.
A todos os teus descendentes sempre deste
Amor, Carinho e atenção, entretanto, Vinícius e Victória, pouco viveste ao lado
deles, mas o curto tempo que viveu, apesar da idade, o Teu Amor e o Teu Carinho
se faziam transfigurar em teus olhos quando estavas com eles em teus frágeis
braços. Chamavas a Victória de “mamãezinha”.
Mesmo assim, a tua memória sempre estará
presente na vida deles, pois eu de tudo farei para que eles lembrem sempre de
ti.
Hoje, estamos separados pela morte, mas não
pelo Amor, aquele Amor Verdadeiro, reciproco, aquele Amor conquistado por outro
Amor. Onde quer que estejas, eu sempre vou te amar e jamais esquecerei tua
vida.
Hoje senti uma grande saudade de ti minha
querida CANDINHA DE OURO.
Que DEUS te guarde no calor da Vossa Bondade
e do Vosso Amor.
Aldemir Bentes, Maués, sexta-feira, 26 de
dezembro de 2008.
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