Foi um
rio que passou em minha vida...
Conhecia,
de nome, o meu amigo Antônio Carlos Negreiros Esteves, o
Tonecas, desde a minha infância e tive o
privilégio de conhece-lo pessoalmente, na Campanha de 2012.
Poeta,
companheiro, fiquei triste ao saber de seu falecimento, até porque, estou
adoentado.
Quero
expressar o mais puro sentimento de gratidão a este
Petista e Botafoguense, que amou verdadeiramente a nossa Terra, a nossa Maués.
Mesmo
morando distante, jamais esqueceu suas raízes, seus amigos e nunca, transferiu
seu domicílio eleitora, seu título, sempre foi de Maués.
Em sua
homenagem póstuma, republico este texto de sua autoria...
Que
Deus receba em seus braços meu amigo Antônio Carlos Negreiros Esteves, o eterno
Tonecas.
A SAGA DE UM POVO
Eterno Tonecas |
Por Antonio Carlos Negreiros Esteves - Tonecas
A epopeia que a população de Maués protagonizou nas ultimas eleições, é digna de um povo que na sua sabedoria “ salomônica” soube conduzir com dignidade e resoluta manifestação de cidadania só comparada com a consagração de GANDI.
Mais sábia, foi a imposição que a
população de Maués, na busca de mudança por amor à sua cidade, consagrou as
candidaturas de dois jovens filhos da terra, cuja dignidade, honradez,
integridade moral e sensibilidade humana estão acima de quaisquer suspeições.
Eu posso afirmar, convicto, que
nunca tinha visto nada igual, a doação, a entrega e acima de tudo, a
manifestação espontânea com que o povo da minha terra abraçou a causa que vinha
ao encontro dos seus anseios de mudança, de libertação de um estado deplorável
em que se encontra a cidade que eles tanto amam. Não fizeram por menos os
nossos conterrâneos das comunidades da zona rural do município de Maués, que
tive o privilégio de conhecer, desfrutando da convivência de uma equipe de
abnegados despidos de quaisquer interesses que não fosse a busca pela conquista
do objetivo que a população de Maués vislumbrou, quando descobriu que a última
alternativa para a realização dos seus anseios, seria a eleição de Padre Carlos
Góes e Dr. Gute, e por ser um povo que nunca colocou limite em nada, continuou
sonhando, pois sabe que quanto mais se sonha, mais longe você chega.
De São Sebastião do Pajurá, Ponta
Alegre – do Dadá Maravilha- e Liberdade, de Monte Sinai a Vila Darcy, de Nova
Aldeia a Santa Fé, Vale do Quinha a Ilha Michiles, da Vera Cruz ao Pupunhal, do Parauari ao Maués Miri, do
Canarana ao Paracuni, apesar do abandono e do desrespeito a que foram
subjugados os comunitários, encontramos sempre
e fomos recebidos com o entusiasmo de um povo que tinha nas suas mãos a
decisão sábia e que sabia o que queria, de um povo que acreditava na
alternativa daquele embrião de esperança que ele fecundou, quando impôs a
candidatura de Padre Carlos Góes e Dr. Gute.
Jamais esquecerei a manifestação
popular espontânea do povo de minha terra, nas caminhadas pelas ruas da cidade,
a ebulição dos jovens empunhando a bandeira do 13 com o entusiasmo transmitido
pelas senhoras, pelos casais, pelos idosos imbuídos com o espírito de mostrar
àqueles que ainda duvidavam da simbiose patriótica que se mostrava patente, mas
que os incrédulos teimavam em não reconhecer e acreditar.
Quero prestar uma homenagem a um verdadeiro guerreiro do 13, o
nosso querido amigo Raimundo Vicente da Silva, este MINHOCÃO, se fazia presente
em todas as manifestações, quer nos comícios da cidade, quer nos comícios realizados
nas comunidades, Bom Jesus, Mucajá, nas
caminhadas, lá estava o guerreiro Raimundo Vicente empunhando a sua gloriosa e
vitoriosa bandeira do 13. Querem maior
gesto de entrega, de entusiasmo, de cumplicidade com a causa e objetivo
determinada pelos seus conterrâneos, a eleição de Padre Carlos e Dr. Gute.
É desnecessário salientar o
empenho, a dedicação de Julio Magnani- O
Timoneiro da Nau Vitoriosa do 13 –da
tenacidade de uma Antonieta Magnani e sua irmã, a professora Ligia,
a garra de um Valmor Venancio, a doação de um Zanoni e Carlos Magaldi, a
determinação de Victor Nogueira, a bravura de um Lilito Negreiros e seus filhos
Valcimar e Leonardo, a vibração de um Aldemir Bentes, a alegria do professor
Percildo, a dedicação de Valcilene Neo e Maria Cenilda Paz exiladas nos confins
do Marau , sem recursos materiais, mas nem por isso indiferentes a avalanche de
otimismo vitorioso que se vislumbrava com a adesão maciça da população de Maués
à candidatura já vitoriosa de Padre Carlos e Dr.Gute, a garra da MINHOCONA do
Canarana, a inesquecível Valdirene, a decidida MINHOCONA JUNIA, que renunciou o seu vínculo
profissional por não concordar e admitir com as decisões equivocadas e
descabidas que a administração a qual estava vinculada vinha implementando, a
encontrei no Pupunhal, abraçada e envolvida na causa maior imposta pelos seus
conterrâneos, a mudança para a conquista e o resgate da dignidade de um povo
que estava enlameada, pelo descaso,
incompetência e corrupção dos seus governantes. Muito me emocionou a silenciosa
e discreta garimpagem eleitoral empreendida por este homem de falas suaves que
me privilegiou do convívio e da sua amizade, e que hoje cultivo a admiração
muito mais que um amigo, este homem é Nuno Coutinho, que a cada investida
bamburrava com novas adesões à candidatura de Padre Carlos e Dr.Gute.
Tive o privilégio de conviver nas
nossas viagens pela zona rural com este maueense nato despido de quaisquer vaidades
e preconceitos, mas imbuído e comungando da mesma intenção e
objetivo que o povo da sua terra traçou e que buscávamos com a certeza de que
era a meta gloriosa a ser conquistada, a eleição de Padre Carlos e Dr. Gute,
estou me referindo ao meu irmão Humberto Michiles, o Beto na nossa intimidade,
esse foi o “CARA” da campanha do 13, que na sua sabedoria, no equilíbrio da
suas decisões, na firmeza de princípios que sempre defendeu, nortearam as
nossas palestras junto aos comunitários,
que caracterizou com a transparência, a cordialidade e a maneira séria
de se fazer política como foi a do 13 que culminou com a humilhante derrota dos
adversários, que de agora em diante terão que respeitar a vontade soberana do
POVO DA MINHA QUERIDA TERRA , MAUÉS.
Exorto esse amigo e irmão que desista de pendurar o seu caniço, o seu arpão,
que tantos empreendimentos pescou para a sua terra e seus conterrâneos, Beto,
ficarei atento e estarei fustigando os meus conterrâneos na constante
vigilância para impedir que Maués, perca pela precipitada desistência deste
filho que sempre despertou orgulho pelas
atitudes de doação e renuncia que sempre foram a marca da sua trajetória e carreira política, e que me orgulho
da minha discreta e modesta
participação. Beto os teus conterrâneos jamais esquecerão do teu empenho
e dedicação na jornada que culminou com a humilhante vitória imposta pelos teus conterrâneos, a eleição
de Padre Carlos e Dr.Gute,
e não seria agora, quando os teus conterrâneos vislumbram um futuro de
progresso e desenvolvimento para a sua terra, que abrirão mão de tê-lo consigo
e contar com a mesma determinação da tua companhia, para futuros pleitos que
tenho certeza meus conterrâneos te conduzirão para representá-los nos ambitos,
estadual ou federal. Meu irmão de fé, conte sempre com a amizade deste seu
AMIGO, em qualquer circunstância.
Ao Padre Carlos, o Carlos como
prefiro chamá-lo pois assim o tenho mais perto de mim, como um irmão, e ao Dr.
Gute, o Gute meu irmão de sangue, o meu agradecimento pela graça que me proporcionaram
nesta convivência saudável, que foi uma
verdadeira lição de vida e que jamais
esquecerei, e ao povo da minha terra que tirou dos meus ombros o peso e um
fantasma da desilusão nativista que vinha definhando com os meus sentimentos de
amor a minha querida e amada terra, MAUÉS, em razão do abandono e descaso que
foi subjulgada pelos seus governantes nestes últimos 20 anos e que agora sinto resgatado o meu orgulho de
– SER FILHO DESTA TERRA- e a graça de ter assistido uma verdadeira lição de cidadania
ética que foi a mais sábia e definitiva decisão do dia 7 de outubro de
2012, O DIA DA RENDENÇÂO,
decretado e sancionado pelo POVO DA MINHA TERRA.
Niterói, 07 de novembro de 2012
Antonio Carlos Negreiros Esteves
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