Domingo, 28 de abril de 2013
Aldemir Bentes
INFORMAÇÃO
CULTURAL
Quando a biblioteca
Municipal ia ser inaugurada, o nome escolhido foi do Dep. Darcy Augusto
Michiles, pai do ex-deputado Darcy Humberto Michiles.
Nada contra, no entanto, o
nome de um ilustre filho de Maués estava sendo esquecido, tratava-se do nosso
poeta Almir Gomes de Almeida.
Só para lembrar a quem tenta
esquecer e para dar a conhecer a quem não conhece, eis um pouco da História do
nosso poeta.
Almir Gomes de Almeida,
nasceu no município de Maués, no Paraná do Urariá de Cima. Estudou em Maués, em
Manaus e depois retornou para nossa cidade. Foi funcionário público municipal e
sempre esteve ligado as questões poéticas/culturais e do conhecimento humano.
Almir era quem cuidava da
biblioteca Municipal, antes, muito antes, a biblioteca funcionava no prédio
onde funciona a FNS – Vigilância Sanitária, na Av. Dr. Pereira Barreto, que
também, por muito tempo, sediou o SAAE de Maués.
Nos idos anos 70/80, quando
íamos para as inesquecíveis aulas práticas de educação física com o professor
José Eudes de Oliveira, lá estava o nosso poeta Almir Gomes, saboreando o seu
çapó e lendo, pesquisando. Era nesse local a nossa primeira parada, depois da
física.
Eu e o meu amigo Barrô,
parávamos, tomávamos o capó com o nosso poeta e boquiabertos, ouvíamos seus
ensinamentos.
Agradecemos imensamente ao
nosso saudoso Almir, pois ele sempre esteve a frente de seu tempo. Na era na
qual não havia televisão, internet e a comunicação era feita de forma lenta e
na qual, poucos tinham acesso, o Almir foi um grande orientador e despertador
de nossos hábitos culturais e busca do conhecimento.
Almir ajudou muitas
gerações. Qualquer pesquisa, qualquer informação relacionada ao conhecimento
humano, o grande Almir sempre era procurado.
E modéstia a parte, ele
sabia de cor e salteado, o livro sobre o assunto pesquisado e mostrava a página
e por muitas vezes, ainda fazia o trabalho.
Era exímio datilógrafo,
dominava como ninguém, a arte de pesquisar e sabia sobre todos os assuntos
relacionados ao conhecimento humano.
Escrevia crônicas, poemas,
reportagens, ensaios e todas as formas de escrita que se possa imaginar..
Almir contribuiu, repito,
com gerações e gerações e seu exemplo serviu para que muitos jovens
despertassem seu lado poético e o hábito pela leitura, o que era o seu
combustível de sobrevivência..
POIS bem...
Com a inauguração da nova
biblioteca, o nome do nosso amigo Almir Gomes de Almeida estava sendo esquecido
pelos comandantes do poder local,dentre eles, um que hoje reclama de um quadro.
O Barrô me procurou e
juntos, fomos em busca do reconhecimento da grande contribuição da qual Almir
foi protagonista de nossa história.
Sem poder, mas, com
argumentos sólidos, procuramos os seus sobrinhos, que a época, pertenciam ao
poder.
Procuramos o FILHO e o Zé
Valder e falamos sobre o assunto e o desejo do reconhecimento da vida exemplar
e contribuição do nosso poeta a sua terra e seus filhos.
Eles entenderam a nossa
solicitação e entraram na briga, justa e coerente, afinal, a memória de Almir
Gomes sempre esteve ligado aos livros, conhecimentos, biblioteca, etc.
O Filho me repassou farto
material sobre o seu tio Almir e de posse desses, construí uma mini biografia
do nosso poeta.
A nossa luta teve bons
resultados e finalmente, a biblioteca de Maués ganhou o nome do nosso
poeta Almir Gomes de Almeida.
Agora, em pleno século XXI,
me aparece um ferrenho defensor da memória de Almir Gomes...querendo ser ele, o
responsável pela lembrança e perenização da memória de um dos filhos mais
ilustre desta terra chamada Maués.
Nada disso senhores, fomos
nós, eu Barrô, Zé Valder e Filho que lutamos e conseguimos que o nome de Almir
Gomes de Almeida permanecesse na história de Maués.
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