Manaus, 25 de setembro de 2015.
Dep. José Ricardo (PT) - Foto de arquivo |
No dia em que completa 17 anos de
existência, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e
Legislação Participativa da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputado
José Ricardo Wendling (PT), realizou nesta sexta-feira (25) mais uma visita de
fiscalização ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio Machado, Zona Leste, onde continuam
sendo encontradas várias irregularidades: superlotação, com grande número de
pacientes em atendimento pelos corredores; longa espera para realização de
exames especializados, que são feitos somente no Hospital Francisca Mendes, e
de cirurgias em geral; falta de material e de técnicos, como fisioterapeutas; e
quantidade expressiva de empresas terceirizadas atuando no local, algumas delas
que estavam atrasando os salários dos funcionários e não repassando direitos
trabalhistas, como INSS e FGTS, denúncia já encaminhada pelo deputado ao Ministério
Público.
E mais: grande atendimento a pacientes
com pouca gravidade, que deveriam ser atendidos na rede básica de saúde, de
responsabilidade da Prefeitura de Manaus, que deveria investir em campanhas de
conscientização para a população, evitando, com isso, desperdício de recursos
públicos. Ele enviará relatório dessa visita à Secretaria de Estado da Saúde
(Susam), cobrando providências urgentes.
Desde quando foi inaugurado, o João
Lúcio atua com a mesma capacidade, tem em torno de 180 leitos e atende uma
média de 13 mil pacientes/mês. Para o deputado, o espaço físico já não
comporta a grande demanda de um hospital referência em traumatologia. “Pela
falta de novos investimentos do Governo, o número de leitos não foi ampliado e
muitas pessoas sofrem ainda mais sendo atendidas pelos corredores e sujeitas a
vários riscos, como infecções. O Governo Federal vem fazendo a sua parte. Esta
semana, está repassando R$ 2,7 milhões para hospitais do Estado, dentre eles,
o João Lúcio”.
Para José Ricardo, existe desperdício por
parte do Governo do Estado, já que pacientes esperam meses internados para
fazer o procedimento, ajudando na superlotação, um custo, muitas vezes, maior
que os equipamentos que estão faltando. Exemplo disso são os exames de ressonância
magnética e de hemodinâmica, realizados no Francisca Mendes e apenas uma vez
por semana. “O Governo deveria priorizar a compra dessas máquinas. Porque das
duas de hemodinâmica, somente uma faz o exame diagnóstico e a parte
terapêutica; a outra, é tão antiga que mal dá conta do diagnóstico”, revelou
ele, ressaltando ainda que a fila das cirurgias também é grande.
Grande atendimento da rede básica
A direção técnica do hospital e
pronto-socorro também informou que 70% dos atendimentos feitos na unidade são
de pouca gravidade, podendo ser resolvidos na rede básica. “Mas essas pessoas
acabam procurando os hospitais de referência pela deficiência no atendimento
básico. O prefeito não está fazendo a sua parte, que é investir nos serviços
prioritários à população, como saúde, educação e transporte. Prefere gastar R$
76 milhões em publicidade, como fez somente de janeiro a setembro deste ano”.
O parlamentar também destacou que o
Estado deve priorizar os investimentos na saúde, a convocação dos concursados aprovados
no último concurso da Susam e realização de novos concursos, para acabar com o
problema da terceirização na saúde e ajudar a dar vazão à alta demanda do João
Lúcio. “Mas parece que falta vontade política. Enquanto isso, a população
continuará sofrendo pelos corredores dos hospitais para ter direito a um
serviço essencial, previsto na Constituição”, completou José Ricardo,
finalizando que continuará fiscalizando os hospitais, como ainda escolas e
delegacias, como sempre fez ao longo dos seus mandatos.
Assessoria de Comunicação
Cristiane Silveira
(92) 8816-1862/ (92) 8209-7306
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa matéria.Comentários alheios ao assunto ou que agridam a integridade moral das pessoas, palavrões, desacatos, insinuações, serão descartados.