Acabou agora a pouco, na Câmara de Vereadores de Maués, a reunião com fiscais do Instituto Chico Mendes, o qual busca viabilizar estudos para a criação de Unidade de Conservação em terras do nosso município na Região do Rio Parauari. Segundo explanações de membros do governo municipal, o município não foi informado do andamento e da agenda desenvolvida pelos técnicos e fiscais do citado instituto. Por unanimidade, o governo municipal (através de seus representantes) a Câmara de vereadores e a sociedade civil organizada, não aceitam esta IMPOSIÇÃO, vinda de cima para baixo, pois o processo de criação, começou em 06 de junho de 2001 , segundo documentos do instituto. A área pretendida, é de 663.517 ha, com a possibilidade de ampliação da Reserva do Amanã com mais 400.000 ha e mais a criação da RESEX Montanha Mangabal com 66.000ha, totalizando 1.129.517hectares.
Os ribeirinhos que lá residem desde quando nasceram, terão que se adaptar as exigências impostas pelo instituto, caso a reserva seja efetivada. A criação da Unidade de Conservação - Pau Rosa - Estação Ecológica de Maués-AM., seria a forma de compensar as porções a serem alagadas dos empreendimentos hidrelétricos na construção do complexo do Tapajós (rios Tapajós e Jamanxi).
Com a construção das hidrelétricas, buscou-se a necessidade de ampliar as áreas destinadas à conservação da biodiversidade da região, segundo estudos preliminares e justificativas do Instituto Chico Mendes. Outro argumento, usado para a criação da estação, dão conta de que a região é carente da presença humana, e a aparente cobertura vegetal integral, com ação negativa apenas nos locais de garimpos que causaram sérios impactos sobre a rede hidrográfica da região. Vale ressaltar, que há muitos anos, a atividade garimpeira foram suspensas da região do Amana e Parauari. A dificuldade de acesso, a baixa ocupação humana, foram os pontos cruciais para a criação da Estação, segundo documento do órgão que aponta a reunião realizada em 16/05/20007 com as autoridades municipais.
Somente será permitido, caso a reserva seja criada, fazer uso da mesma, os ribeirinhos legalizados com documentos exigidos por lei, cuja exploração, só será permitida por meio de manejo florestal. isto, para a realidade de nossos ribeirinhos, se tornará inviável, haja visto que a maioria possui apenas POSSE da terra e não têm RECURSOS para financiar os custos referentes a estudos e licenças exigidas para a legalização de exploração da floresta.
PREFEITURA ENCAMINHA OFÍCIO AO GOVERNADOR
A prefeitura de Maués, através do Ofício n.º. 1.883/2011 de 10/11/2011, encaminhou manifesto acerca da proposta de expulsão de moradores tradicionais nas imediaçãoes da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Amanã - no município de Maués. Propõe ainda o documento, a realização urgente de uma audiência pública com as autoridades do município, os ribeirinhos e a sociedade civil organizada, mesmo sabendo que para esse tipo de proposta, não se exija audiência pública.
CÂMARA DE VEREADORES TAMBÉM SE POSICIONA.
A Câmara de Vereadores de Maués, se manisfestou também, contrária a iminente expulsão dos ribeiros que habitam a região da Reserva, cujos fiscais, segundo o documento, deram apenas 30 dias para que os mesmos deixassem a área.
Assim, nós, maueenses que aqui nascemos e vivemos, não poderemos usufruir da floresta que há séculos preservamos, ela vai servir tão somente, para grupos madeireiros organizados e possuidores de grandes capitais, deixando NADA X NADA para o desenvolvimento de nosso município. SOMOS CONTRA a criação desta Reserva e repudiamos a forma como ela foi pensada e como está sendo conduzida, derespeitando a autonomia do município e do povo de Maués. Presente de Grego, NÃO. Vamos a luta contra essa afronta!
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