quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

José Ricardo lembra que o Amazonas é um dos piores em nível de transparência e CGU conclama gestores e sociedade a se envolver no combate à corrupção

Manaus, 09 de dezembro de 2015.
O mapa da Transparência no Brasil
Cessão de tempo na ALEAM contra a corrupção

              No Dia Internacional e Estadual de Combate à Corrupção, comemorado nesta quarta-feira (9/12), o deputado José Ricardo Wendling (PT) promoveu Cessão de Tempo na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) para a Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização e controle dos recursos federais, para falar sobre as formas de combater e de prevenir a corrupção, com a participação da sociedade, conclamando também os gestores públicos do Amazonas, tanto Estado quanto Prefeitura de Manaus e prefeituras dos municípios do interior, a implementar a Lei de Acesso à Informação no Estado. O Dia Estadual foi instituído pela Lei nº 3631/2011, de autoria de José Ricardo.

             
             Para ele a corrupção precisa combatida pela sociedade. “Temos os maus políticos, que começam comprando votos, mas têm os que vendem seus votos, tudo é ato de corrupção. Quem colocou um corrupto no poder, por meio do voto, também é cúmplice. Por isso, acredito que a corrupção é o gran­de mal social”, declarou o parlamentar, destacando que se a saúde, a educação e a segurança e outras áreas prioritárias não vão bem, no geral é culpa da corrupção. “O ex-secretário de Obras do Estado já denunciou que toda licitação tem problemas de su­per­faturamento e de desvios, e disse para os deputados fiscalizarem, de cara, duas obras: a ponte do Pêra, em Coari; e a Ponte do Abial, em Tefé. Essas duas obras, inclu­sive, já denunciei no TCE e agora vou dar entrada no Ministério Pú­blico do Estado, junto com a deputada Alessandra e o deputado Luiz Castro”, completou.
                O deputado apresentou na Assembleia Legislativa Projeto de Resolução que cria a Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, mas a proposta, até hoje, não caminhou na Casa, por falta de vontade política da maioria dos parlamentares. Ele também apoia o Projeto de Iniciativa Popular proposto pelo Ministério Público Federal (MPF), junto com diversas entidades sociais, contendo dez medidas que contemplam 20 projetos de lei para prevenir e reprimir a corrupção. “Apoio todas as iniciativas de combate à corrupção, que tira dinheiro da saúde, da educação, da segurança e está em todos os níveis de estruturas da sociedade e não num único segmento, instituição ou partido político. Se assim fosse, seria muito fácil eliminá-la".

Amazonas é um dos piores no quesito transparência
              De acordo com o chefe do setor de Transparência e Prevenção à Corrupção da CGU, Alex Gomes da Silva, o Amazonas é o segundo pior Estado do Brasil em termos de transparência e Manaus não é diferente: também não vai bem no quesito transparência (está com conceito 2,69). “Significa que, apesar do Estado ter portal da transparência, não responde a uma série de questionamentos, como por exemplo, o horário de atendimento das unidades de saúde, qual o cardápio da merenda escolar ou quantos médicos estão registrados no sistema. “A Lei de Acesso à Informação não está totalmente implementada nem pelo Estado, nem pela Prefeitura de Manaus ou pelas prefeituras dos municípios do interior. Mas precisamos, urgentemente, tornar essas gestões mais transparentes, para sabermos onde está sendo gasto o dinheiro público, o dinheiro de todos nós, sob pena também de comprometer as transferência federais para essas localidades”.

              Ele contou ainda que, diariamente, a mídia bombardeia a sociedade com novos casos de corrupção, seja de gestores públicos, empresários. “Já ouvi muitas pessoas falando que o Brasil não tem mais jeito, porque a corrupção está enraizada e não tem mais volta. Mas não é dessa forma que devemos pensar. Todos nós temos que ser responsáveis pela prevenção e pelo combate à corrupção. A sociedade precisa se envolver mais, participar de conselhos de educação, de saúde, da merenda, de assistência social. Temos que agir preventivamente”, disse ele, ressaltando que os órgãos de fiscalização e controle não tem pessoal suficiente para fiscalizar, sozinhos, todos os municípios do Estado, por isso, a ajuda de todos é fundamental.

               
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