quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Poder que Transforma o Homem

O PODER que transforma o HOMEM
*Por Aldemir Bentes de Maués

O homem é um ser mutável. Segundo Charles Darwin, naturalista britânico que em seu livro “As origens das espécies”, introduziu a idéia de evolução a partir de um ancestral comum, por meio de seleção natural, defende a teoria de que as espécies evoluem para melhor se adaptarem ao meio em que vivem.

A espécie humana está inserida nesta teoria. O nosso comportamento, as nossas idéias, as nossas ações estão relacionadas ao tipo de sociedade a qual pertencemos. Mesmo que nossas origens familiares tenham sido alicersadas na moral e bons costumes propagados e convencionados tacitamente no seio da comunidade, podemos cambiar para o lado oposto de nossas convicções.

Essa mudança por mais difícil que pareça, é possível, e os maiores fatores para que essa “mudança” ocorra estão atreladas ao poder criado pelo próprio homem. Seja através do poder de autoridade (mandato) ou poder econômico, esses poderes escravizam os homens, tornando-os reféns de suas vontades e ideologias.

O homem, apesar de sua racionalidade, é facilmente convecido a seguir caminhos convenientes ao poder que detém. Daí existir as divisões de classes, o que é até concebível e aceitável dentro de uma sociedade pluralista inspirada no estado de direito , igualdade e independência de seus cidadãos, na qual a própria sociedade delega poderes para sua representatividade no contexto social. Temos a divisão dos poderes e cada um, tem o seu papel a cumprir dentro das regras pré-estabelecidas. Ao cidadão comum, resta delegar poderes para seus representantes. Seja através do voto ou através de poderes próprios do Estado.

O Estado por sua vez, se encarrega da “justa” aplicação das leis para o bem estar social de seus cidadãos.Entretanto, pessoas despreparadas ou “famintas” pelo Poder, acabam por sofrerem uma “metamorfose” brutal, capaz de se tornarem cegas na aplicação de suas ações (autoridade) e comportamentos pessoais (ética).
O poder, que eles imaginam ser “eterno”, começa a dirigir suas vidas. Esquecem suas origens pobres, que tanto relatam no rádio, os amigos e muitos deles que se mostravam humildes, ao ponto de andar no meio do povo, “somem” e sequer ouvem seus anseios.

As viagens são cosntantes, Manaus, Brasilia...todas com a desculpa de que estão a serviço do povo e em busca de recursos, assinatura de convênios, esses que sequer são concluídos. As dúvidas tomam conta das pessoas que chegam a acreditar tratar-se de mandato de governador (pois só vivem em Manaus) ou até de presidente da República (pois vira e volta, estão em Brasilia), mas no município que é bom, só de três a quatro dias por semana e olhe lá. Até sabemos quando eles estão na cidade, pois como são da ideologia do rádio, lá estão eles repassando imagem distorcida do município e maquiando suas ações, enquanto fogos de artífícios (os chamados foguetes) estouram no ar e na cabeça das pessoas esclarecidas com insinuações equivocadas e irracionais e utópicas.

A vaidade pessoal (egoísmo) e a arrogância (abuso de poder), dominam o seu ego e eles sequer, lembram dos “pobres” (reféns de rendas cidadãs e fundações) que os elegeram, esbravejando publicamente frases ARROGANTES do tipo “ DOA A QUEM DOER”. Esses sereszinhos chulos que maculam a espécie humana, são pobres de espírito (principalmente), de humanismo e são tomados por desequilíbrios emocionais e se perdem no labirinto do poder, esquecem sua condição de raciocinar com a razão e agem por impulsos (emoção) que a maioria da sociedade reprime.

A palavra “humildade” não faz parte de suas ações e pensamentos. É usada com outra conotação, pois pensam que ser humilde é andar maltrapilho, ser pobre (materialmente). Ser humilde é procurar compreender e ouvir outras pessoas e se transportar para seus lugares afim de sentir seus problemas e ajudar sem pedir nada em troca, esses conceitos e ações sim, são princípios de humildade.

Portanto, ao determos o poder, seja de autoridade (político) ou econômico (bens materiais/riqueza), devemos estar atentos ao alienamento do poder, pois ele pode nos transformar em meros utensílios da propagação da arrogância e da falta de humildade. O poder (mandato) passa, as verdadeiras amizades, a família, são eternos.

Deixemos um pouco a vaidade PESSOAL (arrogância/egoísmo) de lado e vamos todos nos enganjar em busca de soluções para a maioria de nossa população tão carente e esperançosa de ações que possam contribuir de fato para a melhoria de suas vidas.



*Aldemir Bentes é filho de Maués, Escritor, Formado em Letras pela UEA – Núcleo de Maués – Maués, 30/06/2009 – às 00:07 h

Não jogue este texto na via pública, mantenha limpa a nossa cidade!

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