segunda-feira, 2 de abril de 2012

Educação. PE X AM.

Por Marcelo Ramos

No início de 2011 fiz um discurso na ALE e fui até o Secretário de Educação do Estado do Amazonas para indicar que o Estado aderisse ao ProUca – Programa Um Computador por Aluno (Governo Federal – Ministério da Educação) e comprasse computadores (netbook) para os alunos da rede pública estadual. Aderindo ao ProUca o Estado do Amazonas pode comprar um computador por R$ 344.
Mesmo com meu apelo, recebi como resposta do Secretário de Educação, Gedeão Amorim, que a SEDUC não teria recursos para tal ação.
Passado um ano, a revista Veja de 21.03.2012, na coluna Holofote, publica que o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), comprará 170.000 tablets – a R$ 1.000 cada – e distribuirá para todos os alunos do 2o. e 3o. ano do ensino médio da rede pública, sendo que, ao final do ano, os que alcançarem a média 7, ganharão de presente o tablet.
A capacidade do Governo do Estado de Pernambuco de comprar 170.000 tablets a R$ 1.000 cada, fez-me refletir sobre a justificativa do Secretário da SEDUC/AM para a não adesão ao PROUCA. Fui aos números.
O Governo do Estado de Pernambuco tem um orçamento de R$ 26,1 bilhões para uma população de 8.796.032 habitantes, ou seja, R$ 2.960,00 per capita. O Governo do Estado do Amazonas tem um orçamento de R$ 11,3 bilhões para uma população de 1.832.423 habitantes, ou seja, R$ 6.270,00 per capita.
Assim, não parece razoável que o AM com um orçamento/per capita mais de 2 vezes maior, não possa aderir ao PROUCA e comprar computadores a R$ 344, enquanto o Estado de PE compra 170.000 tablets a R$ 1.000 cada.
Talvez isso explique a enorme superioridade dos índices educacionais de Pernambuco em relação ao Amazonas, posto que, enquanto o Estado nordestino, governado pelo PSB, estimula o mérito como forma de aumentar os seus índices, o Amazonas, segundo denunciado por professores e noticiado pela imprensa, prefere o atalho da manipulação de notas escolares e orientação para que professores não reprovem alunos.

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