*Por Dalmo Ribeiro.
As origens da desigualdade econômica do sul em relação ao norte há muito ganham destaque, tanto nos livros didáticos, quanto no cenário geográfico do país. Para ser mais pedagógico, há duas condições que contribuem para esse impasse. A primeira é objetiva e a segunda é subjetiva. A primeira é condizente ao fato real propriamente dito e a segunda é expressa pelo modo de como realizar as condições. O sul sempre leva vantagem, pois como se sabe, abarca didaticamente o fator objetivo, enquanto o norte, abarca a subjetividade, que consiste ainda em realizar suas condições. O governo federal desonerou os impostos de produtos eletrônicos, deixando margem para o grande centro produtor como São Paulo e Jundiaí também desonerarem seus impostos, mas lá como se sabe, não é uma zona aduaneira, como é a zona franca de Manaus. A bancada do Amazonas tenta a todo custo negociar com os barões do sul uma resolução que possa trazer para o estado a fabricação dos tablets, mas isso, se torna inviável, porque existe a famigerada guerra fiscal, e quem arrecada mais, tem a chamada vantagem nessa disputa econômica. Isso faz parte do jogo político que impera no nosso Brasil e a única medida a ser tomada, em suma, está na negociação.
O governo do Amazonas entrou com uma "ADIN"(Ação de Inconstitucionalidade) contra o governo de São Paulo e espera em breve colher alguns resultados satisfatórios para a fabricação de tablets no PIM. Sabe-se que, a maior luta será contra o tucanato, pois o governo local apoiou um partido (o PT) que foi adversário no último pleito para a presidência da República, isso interfere nas relações dos dois estados, pois se trata de adversidade partidária.
Todo sistema de governo tenta beneficiar seu próprio estado quanto aos fatores econômicos, implementado pelo governo federal, principalmente quando se trata de levar um produto que no mercado tem saída imediata e que traz muitos dividendos ao poder público estadual, no entanto, o que se nota é que, dificilmente o Amazonas levará alguma vantagem contra os antigos barões do café.
O Amazonas é credor desse vasto Brasil, sustentou com o ciclo da borracha, a economia do país, quando o preço do café se desvalorizou com a crise econômica em 1929-30, encarecendo o mercado nacional, contudo, isso já não importa mais nas recentes negociações.
Ora, se o Amazonas é parte integrante de um sistema de governo e que sustentou a economia do país, urge nesse momento que, a história seja pelo menos levada em consideração, assim, como diz a própria constituição, os laços fraternais de amizade entre os estados sejam preconizados, beneficiando o PIM, na fabricação dos tablets na região Norte. O governo federal, em contrapartida, através da Suframa, tenta escamotear a questão enviando verbas para outros empreendimentos, em virtude do impasse surgido. A solução criada foi a criação de indústrias que fabriquem produtos oriundos da extração da borracha, o que é rechaçado de imediato nas discussões em pauta, não só pela escassez de matéria-prima mas também pelo alto custo de logística envolvido no processo.
Portanto, a divinização econômica do sul em relação ao norte se tornou uma didática de História do Brasil, passando por vários estágios, desde suas origens até ao período que hoje chamamos de moderno, levando-se sempre em conta que, o sul é mais objetivo, é mais real, é mais concreto e sabe fazer seu dever de casa; enquanto o norte, sustentáculo antigo da economia nacional, é mais subjetivo, é mais irreal, é mais abstrato e deixa para fazer o seu dever de casa sempre atrasado, segundo nos mostra a pedagogia pedante atual.
*Dalmo Ribeiro é filho de Maués, graduado em Letras pela UEA de Maués, mora em Manaus, onde Cursa Pós-graduação em Gestão Ambiental – Manaus/Maués, 31.07.2011.
As origens da desigualdade econômica do sul em relação ao norte há muito ganham destaque, tanto nos livros didáticos, quanto no cenário geográfico do país. Para ser mais pedagógico, há duas condições que contribuem para esse impasse. A primeira é objetiva e a segunda é subjetiva. A primeira é condizente ao fato real propriamente dito e a segunda é expressa pelo modo de como realizar as condições. O sul sempre leva vantagem, pois como se sabe, abarca didaticamente o fator objetivo, enquanto o norte, abarca a subjetividade, que consiste ainda em realizar suas condições. O governo federal desonerou os impostos de produtos eletrônicos, deixando margem para o grande centro produtor como São Paulo e Jundiaí também desonerarem seus impostos, mas lá como se sabe, não é uma zona aduaneira, como é a zona franca de Manaus. A bancada do Amazonas tenta a todo custo negociar com os barões do sul uma resolução que possa trazer para o estado a fabricação dos tablets, mas isso, se torna inviável, porque existe a famigerada guerra fiscal, e quem arrecada mais, tem a chamada vantagem nessa disputa econômica. Isso faz parte do jogo político que impera no nosso Brasil e a única medida a ser tomada, em suma, está na negociação.
O governo do Amazonas entrou com uma "ADIN"(Ação de Inconstitucionalidade) contra o governo de São Paulo e espera em breve colher alguns resultados satisfatórios para a fabricação de tablets no PIM. Sabe-se que, a maior luta será contra o tucanato, pois o governo local apoiou um partido (o PT) que foi adversário no último pleito para a presidência da República, isso interfere nas relações dos dois estados, pois se trata de adversidade partidária.
Todo sistema de governo tenta beneficiar seu próprio estado quanto aos fatores econômicos, implementado pelo governo federal, principalmente quando se trata de levar um produto que no mercado tem saída imediata e que traz muitos dividendos ao poder público estadual, no entanto, o que se nota é que, dificilmente o Amazonas levará alguma vantagem contra os antigos barões do café.
O Amazonas é credor desse vasto Brasil, sustentou com o ciclo da borracha, a economia do país, quando o preço do café se desvalorizou com a crise econômica em 1929-30, encarecendo o mercado nacional, contudo, isso já não importa mais nas recentes negociações.
Ora, se o Amazonas é parte integrante de um sistema de governo e que sustentou a economia do país, urge nesse momento que, a história seja pelo menos levada em consideração, assim, como diz a própria constituição, os laços fraternais de amizade entre os estados sejam preconizados, beneficiando o PIM, na fabricação dos tablets na região Norte. O governo federal, em contrapartida, através da Suframa, tenta escamotear a questão enviando verbas para outros empreendimentos, em virtude do impasse surgido. A solução criada foi a criação de indústrias que fabriquem produtos oriundos da extração da borracha, o que é rechaçado de imediato nas discussões em pauta, não só pela escassez de matéria-prima mas também pelo alto custo de logística envolvido no processo.
Portanto, a divinização econômica do sul em relação ao norte se tornou uma didática de História do Brasil, passando por vários estágios, desde suas origens até ao período que hoje chamamos de moderno, levando-se sempre em conta que, o sul é mais objetivo, é mais real, é mais concreto e sabe fazer seu dever de casa; enquanto o norte, sustentáculo antigo da economia nacional, é mais subjetivo, é mais irreal, é mais abstrato e deixa para fazer o seu dever de casa sempre atrasado, segundo nos mostra a pedagogia pedante atual.
*Dalmo Ribeiro é filho de Maués, graduado em Letras pela UEA de Maués, mora em Manaus, onde Cursa Pós-graduação em Gestão Ambiental – Manaus/Maués, 31.07.2011.
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