domingo, 3 de julho de 2011

O CIRCO CHEGOU



Por Aldemir Bentes de Maués

Na sexta-feira, 01 de julho de 2011, voltei aos meus bons tempos de criança. Reuni a família e fomos ao circo. Era estréia na cidade. Os pequenos, desde a tarde, ficaram ansiosos quando souberam que íamos ao circo. Em seus imaginários, comentavam entre si, quero ver os leões, a onça, o tigre, os palhaços, deve ser engraçado. A toda hora, durante a tarde, eles perguntavam, ainda vai custar muito para irmos ao circo? Calma crianças, vocês têm que dormir..aquele que não dormir, não vai ao circo...consolava a mamãe.
À noite, todos estavam vestidos, alegres, os seus brilhantes sorrisos estampavam as suas alegrias interiores.
Nos dirigimos ao local onde estava armado o circo. Noite nublada, anunciava que a qualquer momento, a chuva poderia dar ar de sua graça. A fila para a entrada, já se formava em frente do circo. Adultos, crianças, na maioria, e jovens. Muitos reclamavam do alto preço, mesmo assim, se dispuseram a pagar R$ 20,00 (vinte reais) adulto e R$ 10,00 (dez reais) crianças, valeria à pena?
O portão se abre, as pessoas começam a entrar. No espaço entre a entrada e o picadeiro do circo, havia as guloseimas: pipoca, maçã do amor, Churro, cachorro quente, refrigerantes, bombons, algodão doce, tudo que criança gosta.
Entramos. Procuramos nos acomodar o mais próximo possível do palco, ficamos na segunda fila de cadeiras, que estavam expostas em círculo. A criançada observava e a cada minuto, a ansiedade tomava conta delas e os minutos, se transformaram em horas, tamanha era a tensão para que o espetáculo começasse.
Começa o espetáculo, as luzes se apagam....luzes coloridas e a velha luz negra dão um clima de magia...aquela magia que somente o circo nos oferece..
Artistas, com roupas, cujas cores fluorescentes, “voavam” suspenso por um cabo, que na escuridão, davam a ilusão de que estavam voando realmente. As crianças aplaudem, o público vai ao delírio...Palmas! Palmas!
A magia do circo me fez voltar aos tempos de criança..e todos os circos que por aqui passaram, aos poucos, minha memória de criança foi buscando, vivenciando tempos passados, o circo Transguará, do Juca, do Peteleco, do Michel, do Bacu....O circo do Fumanchú, cujas maiores atrações eram os animais, foi neste circo que tive a oportunidade de ver um elefante, uma onça bem de perto...O circo do Pimenta..os trapezistas, o palhaço Pimenta, eram, na maioria, circos compostos por famílias, pai, filho, esposas, sobrinhos, cunhados.
Quando criança, sem dinheiro para pagar a entrada, nos tornamos profissionais em “furar”. A qualquer descuido dos vigias, lá estávamos nós rastejando por debaixo da lona e adentrando o circo..quando conseguíamos nosso intento, ficávamos felizes, pois o circo sempre fascinou as mentes das crianças.
O espetáculo terminou, nossas crianças, comeram e se divertiram...querem voltar, reviver a alegria de ser criança..o que minha mãe não pode me proporcionar, como uma entrada de circo (por isso eu furava), hoje, nossas crianças são privilegiadas, pois temos condições de lhes proporcionar momentos de felicidades e alegrias, a alegria que para elas, estão agregadas nas pequenas coisas, como num espetáculo de circo.
Que bom seria se todos os dias pudéssemos reviver os momentos de magia em nossas vidas. Voltamos felizes, e fomos dormir, o sono alegre de uma criança.
Como é bom ser criança, como é bom ir ao circo. O circo nos torna criança.

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