terça-feira, 1 de maio de 2012

01 DE MAIO, FESTEJAR O QUÊ?

*Por Aldemir Bentes de Maués, um apaixonado por Maués.

Nos últimos meses, temos assistido pela televisão, os números divulgados pelo IBGE dando conta do crescimento das vagas de emprego no país. Esse reflexo positivo, em alguns casos, falta até mão-de-obra especializada, surgindo vagas até para estrangeiros, notadamente, europeus que, com a crise em seus países, se voltaram para o mercado brasileiro em busca de oportunidades. As ofertas de vagas estão agregadas aos investimentos do governo federal em várias áreas da atividade econômica com a implantação do PAC, o programa de aceleração do crescimento que injetou milhões de recursos em infraestrutura preparando o país para a Copa do Mundo de 2014. Por outro lado, a baixa dos juros bancários também contribuiu para o aquecimento da economia, principalmente, o comércio. Desta forma, o país se transformou em um grande canteiro de obras, absorvendo grande parte da mão-de-obra nacional. Com a oferta de vagas, o mercado consumidor aqueceu, pois mais pessoas passaram a ter a carteira de trabalho assinada, aumentando o poder aquisitivo de muitas famílias. Na contramão do desenvolvimento do país, está o nosso município, Maués. Aqui, a economia se estagnou, não há ofertas de emprego e nem perspectiva de novas oportunidades. As obras de diversos convênios com os Governos Federal e Estadual, que poderiam gerar emprego, estão paralisadas há anos e não há indicações de que as mesmas sejam retomadas. Na maioria das obras, os recursos já foram todos usados, e para que os mesmos sejam retomados e concluídos, será necessário a contratação de aditivos. Com a falta de emprego, os jovens são os mais afetados e muitos deles, são obrigados a buscarem oportunidades na capital do Estado, Manaus. O poder público criou a secretaria de emprego e renda, mas essa, pouco ou nada fez para a geração de novas vagas. A prefeitura não possui recursos próprios para investimento na infraestrutura do município, base principal para atrair novos investimentos de empresas interessadas em se instalar aqui. Assim, o dia do trabalhador em Maués é mais um dia de tristeza e incertezas. E o que é pior, os professores e profissionais da saúde, não receberam seus salários no final do mês, faltaram recursos para o fechamento da folha, um grande e belo presente para o dia do trabalhador. Então, em Maués, nada temos a comemorar pelo dia do trabalhador. Assim, só temos é que rezar e orar para que melhores dias possam vir para que o povo possa ter oportunidades e trabalho para que cada um, possa sustentar sua família com o fruto de seu trabalho, sem necessidade de se submeter às migalhas oferecidas pelo poder público.

*Aldemir Bentes é filho de Maués, Mora em Maués, formado no Curso de Letras pela UEA de Maués, administra o Blog do Aldemir de Maués. Maués, terça-feira, 01/05/2011 – 17:20.

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