Medicamento Tofacitinib restaurou em poucos meses a pigmentação da pele. Remédio também foi considerado bem sucedido ao tratar alopécia universal.
Imagem
mostra as mãos de paciente antes e depois do tratamento, que durou
cerca de cinco meses. Medicamento ajudou a reduzir significativamente as
manchas provocadas pelo vitiligo (Foto: Dr Brett King/Yale University/Jama Dermatology)
Pesquisadores
de Yale descobriram que um medicamento desenvolvido para tratar casos
de artrite reumatoide conseguiu restaurar a pigmentação da pele de uma
paciente que sofria de vitiligo – uma doença autoimune em que as células
do sistema de defesa do organismo atacam os melanócitos, produtores de melanina (pigmento que dá cor à pele).
Os dados foram publicados nesta quarta-feira (24) na revista “JAMA Dermatology”. A investigação foi conduzida pela equipe do cientista Brett King, da Escola de Medicina da Universidade Yale.
Um ano atrás, esse grupo de cientistas já havia constatado que o mesmo composto fármaco estimulava o crescimento de cabelo e pelos em pessoas que sofrem de alopécia universal, quando há perda de todos os pelos do corpo.
Em
um comunicado divulgado pela instituição, os pesquisadores explicaram
que já tinham registrado bons resultados em camundongos ao tratar um
paciente com a droga Tofacitinib – desenvolvida pela Pfizer – um caso de psoríase em placas, condição caracterizada por áreas vermelhas escamosas na pele.
O mesmo medicamento foi usado ainda para estimular o crescimento de cabelo e pelos em um homem com alopécia universal. O caso foi descrito na revista "Nature" no ano passado.
A partir dessas comprovações, o autor do estudo, Brett
King, e sua equipe decidiram testar o medicamento em uma mulher de 53
anos com vitiligo. Ela tinha grandes manchas brancas no rosto, mãos e
outras partes do corpo.
Dois
meses após iniciar o tratamento, as manchas começaram a reduzir e a cor
normal da pele foi reaparecendo. Cinco meses após o uso do Tofacitinib,
os médicos constataram que as manchas brancas do rosto e das mãos
retrocederam significativamente. O estudo afirma que o medicamento não
provocou efeitos colaterais.
Novos
testes com o remédio e outro similar vão ser realizados em mais
pacientes. De acordo com King, a possível aplicação desta droga pode
revolucionar o tratamento em pacientes com esta condição.
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