Artigo
COBAL |
ESUSA |
De família pobre, já nasci
órfão de pai, pois, ainda gestante, minha mãe ficou viúva e com a ajuda de meu
irmão mais velho, do primeiro casamento, conseguiu criar e educar eu e meu
irmão mais velho do segundo casamento e mais tarde, meus sobrinhos, assim que
perderam a sua mãe.
Mamãe, como todas as demais,
sempre buscou dar o melhor para nossa família, analfabeta, ela se virava como
podia, pois, o seu objetivo era nos dar o sustento necessário, em todos os
sentidos, da alimentação a educação, e ela garantiu.
Efetuava pequenos serviços
de costura, produzia, pelo sistema de “meia”, farinha de mandioca, nas férias
escolares, íamos para o Rio Apocuitaua onde realizava o “fábrico” do guaraná no
sistema de produção, efetuando a colheita na propriedade de terceiros.
Para conseguir alguns
recursos, produzia “fritos” de trigo, bolo e me encarregava de fazer a venda
nas ruas de Maués.
Quando atingi a meia
adolescência, passei a vender picolé para os senhores, Assis Negreiros, Joãozinho
Fonseca e Chico Onça. Vendi pão para o seu Chico Barú e na época dos
calçamentos das primeiras ruas de Maués, “quebrei” muita pedra para o
complemento do concreto ali utilizado.
BEA |
Brinquei nas ruas de Maués,
brinquei na praia, joguei muita bola e vivi de fato a minha infância e
pré-adolescência.
Quando atingi a adolescência
para a fase adulta, me envolvi com o alcoolismo, mesmo assim, não parei de
estudar, sempre em escola pública.
Tive
minha carteira de trabalho assinada, pela primeira vez, em 07 e abril de 1978,
na Empresa ESUSA, onde trabalhei no início da obra do Fórum de Justiça Ministro
Henoch Reis, em Manaus.
Trabalhei ainda, em 1978, na
extinta COBAL, em Manaus.
Em 1980, participei do Censo
como Recenseador e depois, fui contratado para a apuração de dados, aqui em
Maués.
Em 07 de dezembro de 1981
até 21 de setembro de 1995, trabalhei no extinto Banco do Estado do Amazonas
(BEA), onde fui admitido através de concurso público.
Trabalhei ainda, no Distrito
Industrial de Manaus, na empresa Procomp em 1999.
No ano de 2002, já de volta
a Maués, fui contratado pela empresa Mercúrius que iniciava a construção do
atual hospital de Maués.
No
dia 27 de maio de 2004, através de concurso público, adentrei nos quadros da
antiga CEAM – Companhia Energética do Amazonas que passou por vários processos,
culminando com a sua fusão ao grupo Eletrobrás, se tornando a Amazonas Energia
de hoje.
Como
se pode observar, sempre trabalhei, apesar da minha condição de alcoólatra,
desde o ano de 1978, há 37 anos que eu TRABALHO!
Paralelo ao meu trabalho,
voltei a estudar, concluí o então Segundo Grau, através do Projeto Supletivo e
em 2004, passei no vestibular da UEA para o curso de Letras, nos formando em
2010.
Como cidadão de erros e
acertos, ao voltar para minha terra, Maués, busquei “colaborar” na construção
de uma cidade mais próspera, mais cidadã e que os parcos recursos públicos,
fossem bem aplicados em seus determinados objetivos, sem desvios, com
transparência e prestação de contas junto ao povo.
Para conscientizar o povo de
Maués de seus direitos e deveres, criamos em 2009, um BLOG, ferramenta essa que
atingia um grande número de leitores, além de publicar artigos relativos ao
nosso cotidiano, denunciando as injustiças e a falta de responsabilidade de
nossos gestores, na condução de algumas obras em andamento em nossa cidade.
Ganhei parceiros, amigos,
mas, cresceu também, os adversários, que, não sabendo ou não querendo usar as
práticas democráticas, se declararam “inimigos”, infelizmente.
De nossas denúncias, muitas
irregularidades foram apuradas pelos órgãos fiscalizadores, TCE, TCU, CGU e
Ministério Público, tanto do estado, quanto da União. As denúncias nas quais
eram constatadas as possíveis irregularidades, foram apuradas e algumas,
viraram Processos. No caso, uma fábrica de redes que no papel, foi construída
aqui, os responsáveis foram julgados e punidos e isso, causou uma revolta
nesses.
Denunciamos a obra do Porto,
da Orla que felizmente, foi concluída já nessa atual administração.
Pois bem, nos tornamos alvos
de tentavas de nos calar, de tornar nossas vozes, nulas, sem efeito,
desacreditadas e muitos, ainda hoje, pensam assim a nosso respeito, nos taxando
de mentirosos, caluniosos, etc.
Vale
lembrar, aqueles que pretendem entrar na vida pública, que a mesma é a vida nua
e crua, sem maquiagem.
Primeiro, se pergunte se é
isso que você quer, pois, a priori, ser homem público, ou exercer mandato
público é SERVIR AO POVO, é buscar
solucionar os problemas coletivos de uma determinada comunidade.
Ser homem público, com
mandato, é ser responsável, transparente e prestar contas de seus atos ao povo,
porque é o povo que é o verdadeiro “patrão”.
Ser homem público, é estar
preparado para cobranças, umas leves, outras médias e muitas, bem pesadas.
Os recursos públicos não
pertencem ao gestor, mas, a toda sociedade na qual atua em seu nome, a qual lhe
deu MANDATO para agir em seu nome, desta forma, é OBRIGATÓRIO a prestação de
todos os serviços que diz respeito ao uso dos recursos públicos sob sua
responsabilidade e administração.
Não
se deve fazer farras com os recursos públicos, pois o desvio destes, sacrifica,
sobremaneira, os que mais necessitam da ajuda do Poder Público, retirando
destes, oportunidades de melhorarem de vida.
Resumindo,
o homem público deve pensar sempre, no COLETIVO...O coletivo deve ser
prioridade das prioridades na hora de decidir onde e quando irá utilizar os
recursos destinados ao povo.
Com o advento das leis de
transparência pública e incentivo a participação social nas decisões coletivas,
muitas irregularidades praticadas ao longo dos anos, enfim, puderam, algumas,
serem detectadas, denunciadas, apuradas e punidos “alguns” de seus autores.
É
nossa responsabilidade, enquanto cidadãos, no exercício de nossos direitos,
informar, cobrar, sugerir e denunciar, atos impróprios, praticados por gestores
públicos.
Desta forma, aos homens
públicos e aos candidatos a se tornarem homens públicos, sigam o que determina
a lei, pratiquem a transparência, prestem conta e façam o que for possível, o
que estiver ao seu alcance e os que não estiverem, corram atrás de soluções,
peçam, implorem, mas, não deixem nenhum problema sem resposta, mesmo que a
responsabilidade de resolver, sejam de outros.
Agindo desta forma, usando
esses princípios, jamais seus cidadãos farão qualquer alusão NEGATIVA a seu
respeito e quando o fizerem, sua história de vida irá provar o contrário e o
reconhecimento de sua dedicação a SERVIR o povo, será reconhecida.
No entanto, caso não cumpra
a lei e venha a cometer alguma irregularidade, esteja disposto a receber
cobranças, denúncias para que se apure a veracidade dos fatos.
Em 24 de abril de 2014,
recebi uma Carta/Mandado de Intimação do Processo nr. 000298818-2013.8.04.5800
– Classe Processual: Termo Circunstanciado – Assunto Principal: Calúnia.
O autor da denúncia, o
deputado estadual licenciado Sidney Ricardo de Oliveira Leite.
Na denúncia, através de seus
advogados, ele nos acusa de calúnia, pelo artigo escrito, denominado de “O
grito e Berros dos Derrotados”, por mim escrito e publicado no BLOG do Aldemir.
Vale ressaltar que em
nenhuma frase ou parágrafo, o nome do ofendido é citado, portanto, se ele
tornou o contexto como se fosse dirigido a ele, isso é seu foro íntimo,
pessoal, pois cada um decide por suas vidas, seus destinos, não cabendo,
necessariamente, tomar como se fosse para si, tudo que as pessoas opinam. Se
assim fosse, eu mesmo já teria processado muita gente, tamanha são as ofensas,
montagens de fotos, xingamentos, palavras ofensivas que além de insinuarem inverdades
a meu respeito, ferem a minha família.
Mas,
eu não ligo não, pois sei e já citei acima, quem se torna homem público, está
sujeito a todas essas inserções, de bem ou de mal, cabe a mim, filtrar todas
elas.
Não
me atingem, pois sou o que busco ser e luto para isso, não o que os outros pensam
ou querem que eu seja, graças a Deus, sou INDEPENDENTE.
Pois bem, em 23 de abril de
2014, esse Processo foi arquivado.
Não conformado com a decisão
da Justiça, o mesmo autor, entrou novamente na justiça, agora, exigindo a
retirada do citado artigo, “O Grito e Berros dos Derrotados”, dos arquivos do
BLOG, solicitando ainda da justiça, que seu nome “jamais” possa ser
citado em nossas postagens no Blog ou no Facebook.
QUE
PAÍS É ESSE?
Vejam senhores, como são as atitudes
de pessoas despreparadas para exercerem cargos públicos. Vejam o absurdo de um
cidadão, que é eleito para representar o POVO age de forma truculenta, se
contrapondo a lei maior do país, a Constituição
Federal que em um de seus artigos, garante
o LIVRE direito de se expressar o pensamento, desde que não seja no anonimato.
No momento no qual o país
vive e assiste a apuração dos desvios de milhões de reais da Petrobrás, cujos
culpados estão sendo conhecidos e PUNIDOS. Onde qualquer cidadão, dentro do
respeito, pode exigir do prefeito, do governador e da presidenta,
transparência, um político caminha na contramão, querendo ressuscitar a CENSURA A IMPRENSA, uma das ferramentas
do tempo da ditadura.
No momento no qual o Supremo
Tribunal Federal, a maior corte jurídica do país cria jurisprudência, ao tornar
legal, a publicação de biografias pessoais, mesmo sem a autorização do
biografado, um político, em cujo texto, nem seu nome é citado, quer nos calar.
Então, analisem a questão e
tirem suas conclusões, um homem desse está preparado para exercer uma função
pública?
Se assim for, que seja
institucionalizado a BADERNA no país e que sobreviva quem puder...
Bom dia!!!!!
Maués, 20 de junho de 2015 -
sábado – Aldemir Bentes é filho de Maués, que trabalha desde os anos 70 e tudo
que tem, foi conseguido através de trabalho honesto, com sacrifício, decência e
honestidade.
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