Senadora Sandra Braga |
A senadora Sandra Braga (PMDB-AM)
subiu à tribuna na tarde desta quarta-feira (17/06) para defender os
consumidores de energia elétrica do estado do Amazonas da cobrança indevida do
sistema de bandeiras tarifárias. “Considero uma injustiça que, sem usufruirmos
totalmente da interligação do sistema, tenhamos de pagar por um serviço que
ainda não dispomos”, discursou a senadora.
O que motivou o protesto foi a
declaração do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao
jornal “O Estado de S. Paulo”, publicada também pelo jornal “A Crítica”, de que
a Eletrobras Amazonas Energia – fornecedora de energia elétrica à população do
estado – terá de cobrar dos consumidores o sistema de bandeiras
tarifárias.
Diante disso, as senadoras Sandra e
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) decidiram convidar o diretor-geral da
Aneel, Romeu Donizete Rufino, e o diretor-presidente da Eletrobras Amazonas
Energia, Antonio Carlos de Paiva, para prestar explicações aos senadores. Foi
este o objeto do requerimento apresentado por ambas à Comissão de
Infraestrutura do Senado. A iniciativa foi aprovada por unanimidade na
comissão, que realizará audiência pública para ouvir os convidados.
No discurso, Sandra Braga lembrou que
seu estado não está ainda plenamente conectado ao Sistema Integrado Nacional
(SIN) e, portanto, não está obrigado a cobrar dos consumidores o sistema de
bandeiras que, em alguns casos, promove reajustes na tarifa de até R$ 5,50 por
cada 100 kilowatts consumidos.
Segundo a senadora, foi por isto que
a Amazonas Energia solicitou à Aneel a reanálise do processo de interligação do
sistema Manaus ao SIN e a reconsideração da cobrança até a conclusão das obras
da usina termoelétrica Mauá 3, a eliminação das restrições elétricas no sistema
Manaus e a plena utilização da capacidade da linha de transmissão
Tucuruí-Macapá-Manaus.
Da tribuna, senadora lembrou que nos
estados de Roraima e Amapá, inclusive suas capitais, a interligação ainda não
chegou e, por isso, seus consumidores de energia estão isentos da aplicação das
bandeiras tarifárias. “Acho justo”, destacou a senadora, para completar:
“Injusto é tentar estabelecer uma discriminação com o Amazonas que ainda não está
plenamente ligado.
Mais injusto ainda, segundo ela, é
tentar alcançar as áreas isoladas, onde a interligação não chegou e jamais
chegará. Um dos exemplos citados foi o de São Gabriel da Cachoeira que, por
estar localizado em área isolada, seus 40 mil habitantes jamais receberão os
benefícios da interligação e, assim, nunca deverão assumir o ônus das bandeiras
tarifárias.
Na verdade, apenas 5 dos 62
municípios amazonenses – Manaus, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva,
Iranduba e Manacapuru – poderão vir a pagar bandeiras tarifárias, desde que sua
interligação elétrica seja completada. Afinal, não há expectativa imediata de
interligação dos demais.
Ao denunciar que injustiça semelhante
vem sendo praticada em diversos municípios do Pará, de Rondônia e do Acre,
igualmente não interligados ao Sistema Elétrico Nacional, Sandra Braga recebeu
o apoio de vários colegas. O senador Jáder Barbalho (PMDB-PA) fez questão de
cumprimentá-la e de registrar a importância da denúncia. “Não pode uma agência
cobrar por um serviço inexistente. Confesso que desconhecia esta violência que
vem ocorrendo contra municípios pobres do meu estado e agradeço o alerta”,
disse Jáder.
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Jorge
Vianna (PT-AC) também manifestaram “solidariedade federativa à defesa dos mais
desprotegidos”. Ferraço incentivou-a a “prosseguir firme na luta contra esta
injustiça” e Viana parabenizou-a em nome de toda a Amazônia, pela defesa dos
mais pobres que estão pagando pela energia elétrica um custo muito mais alto do
que deveriam.
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