Matéria do Jornal A Crítica
O Estado ocupa a 18ª
posição nacional no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM). A informação faz parte do levantamento feito pela
Associação Amazonense dos Municípios (AAM) sobre o vazio institucional
do interior do Amazonas
Novo Aripuanã (distante 229 quilômetros de Manaus), um dos
castigados pela cheia dos rios todos os anos, está na lista das cidades
que têm apenas uma agência do Correios como órgão do governo federal
O
único órgão do governo federal com agência nos 61 municípios do
interior do Amazonas, Estado que ocupa a 18ª posição nacional no
ranking do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), é a
Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). A informação faz parte do
levantamento feito pela Associação Amazonense dos Municípios (AAM) sobre
o vazio institucional do interior do Estado.
A
radiografia institucional mostra que 77% das cidades do interior do
Amazonas não contam com uma unidade do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). O órgão tem como atribuição garantir a renda do
trabalhador e de sua família nos momentos de incapacidade para o
trabalho provocada por doença, acidente, gravidez, prisão, velhice e
morte.
Com uma estrutura de 1.122
agências em todo o País, o INSS ainda não chegou a 47 municípios do
Amazonas que precisam se deslocar para cidades vizinhas em busca de
serviços como pedido de aposentadoria, auxílio-doença, benefício
assistencial à pessoa com deficiência e ao idoso, pensão por morte,
salário maternidade, seguro desemprego para pescador artesanal e
auxílio-reclusão.
A lista dos sem
unidade da Previdência é composta de Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori,
Apuí, Atalaia do Norte, Barcelos, Barreirinha, Beruri, Boa Vista do
Ramos, Borba, Caapiranga, Canutama, Carauari, Careiro, Careiro da
Várzea, Codajás, Envira, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Iranduba,
Itamarati, Itapiranga, Japurá, Juruá, Jutaí, Lábrea, Manaquiri,
Manicoré, Maraã, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo
Aripuanã, Pauini, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, Santo
Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves,
Tapauá, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
Sem Funai
O
Estado que concentra a maior população indígena do Brasil também padece
com a baixa cobertura do órgão federal que cuida da política
indigenista. Só 16 municípios do interior do Amazonas contam com uma
agência da Fundação Nacional do Índio (Funai), o que equivale a um
déficit de 74%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), dos 243 povos indígenas do País, 63 vivem no
Amazonas. No Censo Demográfico de 2010, de um total de 567.582 pessoas
que moravam em terras indígenas, 135.877 localizavam-se em território
amazonense.
De acordo com o mapa do
abandono elaborado pela AAM, possuem unidade da Funai os municípios de
Atalaia do Norte, Autazes, Boca do Acre, Borba, Coari, Humaitá, Lábrea,
Manacapuru, Manicoré, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins,
Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira e Tabatinga. Entre os
quatro municípios amazonenses que possuem mais dez mil pessoas cada que
se declararam indígenas no Censo 2010, dois: São Paulo de Olivença (15
mil indígenas) e Santa Isabel do Rio Negro (10,9 mil indígenas)
encontram-se desprovidos, segundo a AAM, de uma filial da Funai.
IDH
Amazonas
ocupa a 18ª posição entre as 27 unidades federativas brasileiras,
segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,824 do Distrito Federal e
o menor é 0,631 em Alagoas. Com 0,674, o Amazonas se situa na faixa de
Desenvolvimento Humano Médio (entre 0,600 e 0,699). Esse índice é
composto por três indicadores: longevidade, educação e renda.
IBGE
Em
84% dos municípios do interior do Amazonas não há unidades do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas. No Estado, além de Manaus, o
órgão tem agências em dez municípios. Segundo levantamento da AAM, a
Ufam está presente somente em Benjamin Constant, Coari, Humaitá,
Itacoatiara e Parintins.
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