Aldemir Bentes
Artigo
Há quase três meses, a
população de Maués, têm vivido dias de sufoco com relação ao fornecimento de
energia elétrica.
Ultimamente, o racionamento de
energia se acentuou e apesar das centenas, milhares de reclamações, nada foi
feito para sanar ou amenizar o problema.
Ano passado, devido ao
racionamento, o MPE convocou a Direção da Eletrobras Amazonas Energia e pediu
explicações. Estiveram no município, um diretor e seus assessores mais próximos
e na ocasião, foi realizada uma reunião no Fórum Local na sala do MPE. Diante
das indagações do Promotor Lobão, a empresa, através de seu diretor, se
comprometeu em efetuar melhorias em todo o parque energético do município,
evitando assim, a assinatura de um TAC, proposta pelo MPE e contestado pela
empresa, mas, em contrapartida, anunciou diversas melhorias que incluíam:
implantação de desligadores inteligentes, a criação de mais um circuito,
totalizando quatro, reforma geral na subestação elevadora, substituição de
postes de madeira por postes de concreto ou fibra de vidro, dependendo da
necessidade.
Os serviços seriam iniciados
no máximo em 15 dias e dentro de mais ou menos um mês, a empresa e MPE se
reuniriam para a avaliação das melhorias.
Os serviços foram iniciados,
no entanto, o aumento de oferta de energia elétrica, não constavam até aquele
momento, em implantação pela empresa na Usina Termelétrica.
Mesmo com os serviços
realizados em parte, os problemas de racionamento não acabaram, não tanto
acentuados como está ocorrendo nos últimos meses deste ano, mas ocorriam
esporadicamente.
Diante do impasse, o prefeito
Carlos Góes, procurou a Diretoria da Eletrobras Amazonas Energia, em Manaus e
foi atendido, com o envio de um grupo gerador Marca Caterpillar com potência de
2 mil KWA.
Depois vieram mais dois grupos
de menor potência, estes, das empresas fornecedoras de energia contratadas.
Passaram-se mais de 09 meses e
o grupo gerador Caterpillar, continua na base de montagem, sem ser efetivado a
sua entrada em operação, o que resultaria na suspensão imediata do racionamento
ora imposta ao município.
Mesmo com a intervenção
efetiva do Ministério Público, da prefeitura de Maués e das milhares de
reclamações dos usuários do sistema, nenhuma ação concreta foi anunciada pela
Eletrobrás Amazonas Energia.
A problemática maior para o
racionamento acentuado que se vivencia hoje, são a falta de geradores de
potência elevada, pois os geradores das contratadas, são de pouca potência,
sobrecarregando, sobremaneira, o seu desempenho, haja vista que essas máquinas
(geradores) funcionam exaustivamente, sem interrupção para a devida manutenção
preventiva, o que se realiza nestes últimos meses, são manutenção corretivas
que em nada melhora o desempenho dessas máquinas.
Para agravar a situação, vivemos
um dos mais fortes verões da história do Amazonas, no qual, a temperatura tem
alcançado a marca dos 40 graus.
E nas últimas semanas, se não
bastasse o racionamento de energia elétrica, paralelo, ocorre a falta de água
nas torneiras, pois o SAAE de Maués não possui geradores próprios de energia,
assim, quando falta energia, falta água também e as queimadas provocadas na
região, estão produzindo fumaça que tem invadido a cidade de Maués, causando
transtornos e doenças para os moradores, notadamente, crianças, idosos e
pessoas com problemas respiratórios, aumentando a demanda de atendimento no Hospital
local e nas Unidades Básicas de Saúde do município.
A solução existe e está aqui
mesmo, basta a empresa Amazonas Energia, instalar o motor Caterpillar que está
na base da Usina Termelétrica de Maués e colocá-lo para entrar em operação,
proporcionando, a manutenção das demais máquinas que se encontram no limite de
suas gerações.
Clamamos por uma solução
imediata, para que a alegria volte a rotina da população de Maués.
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