Manaus, 6 de outubro de 2015.
Foi aprovado
na manhã desta terça-feira (6), em primeiro e segundo turno, o Projeto de Lei da
segunda reforma administrativa do Governo Melo, que pretende economizar cerca
de R$ 500 milhões. “Até hoje, o governador não disse em que exatamente
economizou na primeira reforma administrativa feita no início deste ano, quando
pretendia economizar R$ 1 bilhão. Agora, apresentou uma segunda reforma, mas com pouca explicação de onde serão
executados os cortes que gerarão maior economia. O governo parece
desconhecer o tamanho da economia proposta pela reforma administrativa; parece uma economia fantasma”, declarou o deputado
José Ricardo Wendling (PT).
Para ele, o Estado deveria focar no combate à sonegação, reduzir cargos
comissionados e planejar melhor suas ações evitando aditivos milionários para
obras, o que vem ocorrendo com certa frequência. O Projeto de reforma
administrativa foi retirado de pauta na redação final e deverá passar novamente
pelo plenário para votação em definitivo.
Um dos projetos mais impactantes
aprovados hoje, que irá influenciar diretamente no bolso dos cidadãos, foi o
que aumentou de 17% para 18% a alíquota do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com voto contrário de
José Ricardo. “Num momento de crise, aumentar o ICMS é um contrassenso. Sou
contra o aumento de imposto para a população mais pobre, pois o ICMS será
repassado para o consumidor. Os empresários não vão arcar com esse reajuste. Considero
que esse não é o melhor caminho para aumentar a arrecadação do Estado. Agora é
hora de combater a sonegação e cobrar de quem não paga imposto”.
Outro
projeto aprovado pela maioria dos deputados da base do Governo e que teve o
voto contrário do deputado foi o que extinguiu a Secretaria das Pessoas com
Deficiência (Seped) e a Secretaria dos Povos Indígenas (Seind), sendo considerado
pelo parlamentar um grande prejuízo à sociedade, já que são órgãos que têm
importante função social junto os segmentos que representam e por atuarem na
promoção de políticas públicas. “É um verdadeiro retrocesso. A Seped, por
exemplo, representa somente 0,08% do orçamento total do Estado e extingui-la,
incorporando-se à Secretaria de Assistência Social (Seas), é enfraquecer todas
as ações já desenvolvidas”, disse ele, completando que transformar a Seind em
fundação é reduzi-la de status, dificultando a implementação de políticas para
os povos indígenas.
José Ricardo também votou contrário
ao projeto aprovado que retirou incentivo de segmentos produtivos do Polo
Industrial de Manaus (PIM), envolvendo a indústria da construção civil. “Não
concordo com esse projeto. A construção civil é um dos segmentos que mais gera
empregos no Brasil e no Amazonas. Em momentos de crise, precisamos garantir o
emprego dos trabalhadores”, afirmou ele, que ainda votou contra projeto que
modificou a produtividade dos servidores da Secretaria de Estado da Fazenda
(Sefaz), pedindo até a sua retirada de pauta para melhor avaliação dos impactos
econômicos da medida, que, segundo os servidores do órgão, poderia deixar para
um único servidor todo o processo de fiscalização, podendo facilitar o erro ou
mesmo a corrupção.
Mas ele votou a favor do projeto que isentou de
ICMS as comunidades beneficiadas pela tarifa social de energia elétrica. “Não
se deveria cobrar esse ICMS há muito tempo. O cidadão paga mais caro pela
energia, quando era para pagar menos. O Estado não arrecadou esse imposto, já
que havia um acerto de contas entre o Governo e a concessionária Amazonas
Energia, mas a população sempre pagou mais caro, porque a empresa cobrava na
conta”.
A maioria dos projetos que recebeu voto contrário
do deputado foi pela falta de informações quanto aos impactos financeiros e
sociais e pouco diálogo com os setores envolvidos. “Devemos economizar sim, mas
com cautela para não penalizar ainda mais a população”, finalizou.
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