quarta-feira, 6 de julho de 2011

Confira como repercutiu a saída de Nascimento entre os parlamentares

Matéria do Globo.com/G1

06/07/2011 17h16 - Atualizado em 06/07/2011 20h09

Veja como repercutiu no Congresso a demissão de Alfredo Nascimento
Em nota, Nascimento diz que entregou cargo 'em caráter irrevogável'.
Saída ocorre após acusação de superfaturamento de obras públicas.
Do G1, em Brasília

Governistas e oposicionistas no Congresso analisaram nesta quarta-feira (6) a demissão de Alfredo Nascimento do ministério dos Transportes. O anúncio de Nascimento foi feito por nota.

Senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB
"Estávamos prontos para instalar uma CPI. Certamente agora a CPI perde força com a queda do ministro, mas temos que contar com o Ministério Público, que tem que instaurar os procedimentos para realizar a investigação e apurar os ilícitos penais praticados".

ACM Neto, líder do DEM na Câmara
"A queda é do governo. Em um mês, quatro ministros foram modificados e dois saíram por corrupção. CPI não vinga, lamentavelmente porque o governo acabaou com o instituto CPi. O governo tem uma maioria absurda, controla 80% da Câmara e quase 80% do Senado, então, por mais visível que seja o escândalo, não conseguimos instalar CPI. A oposição tem o dever de estabelecer uma cobrança permanente e sistemática ao Ministério Público. É o Ministério Público que pode dar desdobramento a estas denúncias"

Marco Maia, presidente da Cãmara dos Deputados
"Eu acho lamentável que estejamos enfrentando uma crise como essa num ministério tão importante como é o Ministério dos Transportes e que tem uma responsabilidade para produzir investimentos e obras de infraestrutura que estão colocadas e articuladas com o desenvolvimento do Brasil. Eu acho que o ministro toma uma decisão inteligente. A partir das denúncias que estavam sendo produzidas, o melhor caminho era se afastar, pedir demissão e a partir disso procurar se defender das acusações de forma mais livre, sem a responsabilidade de continuar conduzindo o Ministério dos Transportes."

Senador Valdir Raupp (RO), presidente do PMDB
“Agora é tocar a bola para a frente. O que não pode é parar. Eu achei, hoje de manhã, quando tinham suspendido por 30 dias todas as licitações, eu achei um absurdo. Não pode suspender. Tudo que se suspende não fica por 30 dias, fica por 60, 90 dias. [..] Não pode parar o país, ainda mais o setor de transportes porque teve uma crise. Não existe governo sem crise. Governo nenhum no mundo. O Brasil não poderia ficar imune essa crises. É uma coisa que natural. E não vai parar por ai. Crises virão e por isso é importante o governo estar preparado, ter uma base sólida. O governo tem de estar preparado para enfrentar crises, ter um gabinete de crise permanentemente aberto”.

Senador Jorge Viana (PT-AC)
“É lamentável [a queda] no começo do governo ter uma mudança no Ministério dos Transportes, que é tão importante para um país que precisa tanto investir em infraestrutura. Mas, diante do ambiente criado, foi melhor tomar uma decisão para encerrar o assunto logo”

Senador Eduardo Suplicy (PT-SP)
"Diante das evidências apresentadas, o ministro não tinha outra alternativa a não ser se afastar, sob pena de deixar o governo todo em situação insustentável."

Senador Pedro Simon (PMDB-RS)
"Se já tivesse pedido demissão ontem era só ele. Agora, ele levou junto o filho dele. Foi ridículo ele acreditar que conseguiria permanecer no ministério depois das denúncias."

Senador Demóstenes Torres (DEM-GO)
"Acho que o Ministério Público deve levar em frente as investigações e esperamos que o substituto escolhido pelo governo seja alguém com estatura para ocupar o ministério, alguém com conduta ilibada".

Senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
“Esperamos que agora como nosso colega, o senador Alfredo Nascimento preste os esclarecimentos sobre os fatos ocorridos no seu ministério e esperamos que o partido do ex-ministro deixe a presidente à vontade para escolher o substituto.”

Senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa
“Foram questões levantadas contra o ministro, o ministro entregou o cargo, entenderam que tinha perdido a condição de continuar no ministério e isso faz parte da vida política. Isso em nada enfraquece o governo”

Deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS)
“O governo tentou segurar, mas ele já vai tarde”.

Deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
“Não basta demitir. Tem de fazer uma investigação forte no Dnit. Uma devassa. O governo não pode deixar essa sangria continuar”.

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