sábado, 1 de junho de 2013

Lixões dominam interior do Estado e recebem 720 toneladas de lixo por dia

 

Maioria dos resíduos sólidos não tem tratamento no interior do Amazonas, revela pesquisa da Abrelpe. Conforme o estudo, outras 44 toneladas/dia (1,1%) deixam de ser coletadas.
Todos os municípios do Amazonas deverão ter, até agosto do próximo ano, aterros sanitários para cumprirem a Lei 12.305.
Manaus - A pouco mais de um ano do prazo estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para que os municípios deem fim à destinação inadequada de resíduos, 720 toneladas (21,8%) de Resíduo Sólido Urbano (RSU) vão parar em lixões amazonenses por dia, segundo o estudo ‘Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012’ da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). A pesquisa aponta, ainda, que 44 toneladas/dia (1,1%) deixam de ser coletados.
A média do Estado, no entanto, é menor que a nacional. No País, em 2012, foram enviados para destinos inadequados 24 milhões de toneladas de lixo (37,5%) e 64 milhões de toneladas de resíduos gerados ao longo do ano passado, 6,2 milhões não foram sequer coletados. O percentual de coleta apresentou, entretanto, um aumento de 1,9% em comparação a 2011, totalizando 55 milhões de toneladas em 2012.
O estudo da Abrelpe, divulgado na quarta-feira, mostra que apesar da destinação incorreta de resíduo sólido ainda ser grande, houve um avanço no Amazonas. Do total 3.811 ton/dia geradas, 1.807 ton/dia (54,8%) acabaram nos aterros sanitários e 770 ton/dia (23,4%) em aterros controlados.
Em relação a 2011, houve um crescimento de 1,3% no lixo por habitante, índice superior à taxa de crescimento populacional registrada no mesmo período, que foi de 0,9%. Cada amazonense gerou por dia o ano passado 0,754 toneladas de lixo, segundo a Abrelpe.
Em relação a Região Norte, o resultado da pesquisa projeta que, dos 449 municípios que compõem região, 330 prestaram em 2012, total ou parcialmente, serviços referentes ao manejo de RSS. “Percebemos, nesses dez anos de estudo, que o índice de coleta tem crescido paulatinamente, indicando que a universalização desses serviços é um caminho possível”, avaliou o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, no estudo.

Política
De acordo com a lei federal 12.305, todos os municípios brasileiros deveriam apresentar até agosto do ano passado um Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos e, até agosto de 2014, nenhum município brasileiro pode ter lixões a céu aberto. Os municípios que não cumprirem os prazos não terão mais acesso aos recursos federais.
O Amazonas, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), foi pioneiro ao entregar os Planos de Resíduos Sólidos de todos os municípios dentro do prazo definido em lei.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem 2.906 lixões  distribuídos em 2.810 municípios do País, mais da metade do total. O problema é mais grave em cidades de pequeno porte e na Região Nordeste. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), são necessários R$ 70 bilhões para transformar todos os lixões do País em aterros sanitários até 2014.

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