O GESTOR PÚBLICO E A FOLHA

sábado, 04 de maio de 2013

Aldemir Bentes

ARTIGO

“CORTE E AJUSTE NA FOLHA DE PAGAMENTO, UM MAL NECESSÁRIO”

 

Quando se inicia uma campanha política, grupos são formados para “apoiar” e conquistar adeptos, eleitorado. Foi assim e ainda é assim.

Diante da possibilidade de um determinado grupo vencer a eleição, estratégias são montadas e aplicadas, segundo a necessidade de cada etapa.

Nos últimos anos, esses grupos de “apoio” se transformaram em verdadeiras ideologias de interesses particulares, surgindo a cultura da “compra de voto” financiados por pessoas (empresas) com interesse de retorno.

Mesmo com a aprovação de leis modernas, destinados a coibir essas práticas, políticos com pensamentos focados nessa ideologia, tentam burlar a lei, fazendo da campanha política, um verdadeiro mercado de negociatas entre seus principais articuladores.

Pactos são negociados, divisões de cargos, promessa de emprego, colocação para “apadrinhados”, parentes, “correligionários”, “cabos eleitorais”, vereadores, etc. A estrutura administrativa do Poder Público é “loteada”, muito antes dos resultados eleitorais, a hipótese de uma possível vitória, são estrategicamente acordados entre os “financiadores” e “apoiadores” de determinado grupo.

Quando o gestor assume, está completamente “comprometido” pelos acordos pré-eleitorais.

Desta forma, a nova administração pública, deve evitar esse tipo de prática e ter sempre em mente que o serviço público de qualquer natureza, deve ser ocupado por “pessoas” qualificadas, motivadas e comprometidas em servir BEM a população.

O concurso público é a melhor forma de se garantir transparência e eficiência para a contratação de novos servidores.

A contratação temporária deve ser banida da vida administrativa dos poderes públicos, ela abre precedentes para que gestores “maus” intencionados e descomprometidos com a eficiência pública, admitam no serviço público, pessoas nem sempre qualificadas, resultando no “inchaço” da folha de pagamento e contribuindo para a ineficiência nos serviços prestados para a população.

O papel do Poder Público não é “empregar” e sim, criar condições para que surjam novos investimentos privados, e consequentemente, novas vagas para absorver a mão de obra disponibilizadas todos os anos.

A estruturação da cidade, os investimentos na área da produção, são ações imperativas para que os municípios possam gerar novas expectativas de investimentos. Nesse contexto, o município deve oferecer alternativas para que se garanta a produção, escoamento e comercialização dos produtos criados em seus domínios. Para isso, devemos investir além do setor primário, na construção de portos, aeroportos e energia elétrica oriundas de fontes seguras e custos razoáveis que possam atrair investidores.

A boa administração deve ter em seus quadros, não quantidade, mas, qualidade, aliando a eficiência de sua mão de obra, a novas tecnologias da informação, diminuindo custos e proporcionando informações e serviços de qualidade e que atendam aos interesses da população.

Assim, os gestores modernos não devem se preocupar com o particular, com os interesses pré-eleitorais, com as cobranças para que “empregue” mais e mais pessoas, ao contrário, deve “enxugar” a máquina e qualificar os seus funcionários, somente assim, poderá pensar em melhoria de salários e ambiente de trabalho confortável para que cada servidor possa desempenhar suas funções com eficiência, motivação, garantindo o objetivo maior da administração pública, servir ao coletivo.

Assim deve ser a administração pública, quando está voltada para as questões públicas.

As outras formas, são outras formas e os objetivos não serão os da população e sim, de seus “financiadores”, apoiadores, apadrinhados que visam tão e unicamente, se dar bem usando os recursos públicos.

Aldemir Bentes é de Maués, mora em Maués e conhece um pouco da vida política-administrativa dessa terra.

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