sexta-feira, 4 de março de 2011

MENSALINHO BARÉ vai ao MPE










Clic na lista e use o zoom para ler o nome dos beneficiados, veja o número (à esquerda) de ordem 06 e 55. Se você conhecer mais pessoas vinculados a políticos de Maués, comente.
Assim, com R$ 8.000,00 mensais, até eu educo meus filhos...pensem nisso. E em Maués? Há se as finanças, listas e nomes de funcionários, contratados e assessores fossem disponibilizados, seria o mesmo que destampar uma fossa de tanta podridão.










Matéria do Jornal A Crítica de Manaus - Edição impressa de 01/03/2011.

Oposição leva caso do 'mensalinho baré' ao Ministério Público
Deputados Luiz Castro, José Ricardo e Marcelo Ramos vão pedir apuração sobre supostos servidores fantasmas

Manaus, 28 de Fevereiro de 2011

Aristide Furtado



A bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) vai pedir ao Ministério Público Estadual (MPE) que apure a existência de funcionários fantasmas entre as pessoas nomeadas como supervisor do programa Zona Franca Verde (ZFV). No meio político o fato ficou conhecido como “mensalinho baré” por servir de cabide de emprego para ex-prefeitos, ex-vereadores e por parentes indicados por eles.

No final de 2010, o governador Omar Aziz (PMN) demitiu 107 supervisores do Zona Franca Verde (nome das ações da gestão do ex-governador Eduardo Braga nos municípios do interior). De janeiro até o dia 21 de fevereiro, 73 foram renomeados, segundo o Diário Oficial do Estado (DOE). No último dia 9, o deputado Luiz Castro (PPS) denunciou no plenário da ALE-AM que cinco supervisores lotados no Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) recebiam sem trabalhar. Ao menos quatro deles voltaram à folha de pagamento.

Os deputados Marcelo Ramos (PSB), Luiz Castro e José Ricardo Wendling (PT) afirmaram ontem que vão pedir ao MPE para investigar se os supervisores estão, de fato, prestando serviço ao Estado ou se recebem salários que variam de R$ 6 mil a R$ 8 mil para atuar como cabos eleitorais. “Tem que analisar caso a caso. No Ipaam tenho juízo de convicção de que os supervisores nomeados para lá não trabalham. É preciso separar o joio do trigo”, disse Luiz Castro.

O cargo de supervisor do ZFV foi criado no final de 2005 pelo então governador e hoje senador Eduardo Braga (PMDB), antes da campanha eleitoral de 2006, quando enfrentou o ex-governador Amazonino Mendes (PTB). Todos os nomeados eram ex-prefeitos ou vereadores. Divididos em três níveis, inicialmente os salários eram R$ 4 mil, R$ 5 mil e R$ 6 mil. Depois tiveram reajuste para R$ 6 mil, R$ 7 mil e R$ 8 mil.

Para o deputado José Ricardo, é um absurdo o Governo anunciar redução de despesa em diversas áreas da administração e manter cargos comissionados para acomodar aliados políticos. “Arranjar emprego para ex-prefeito é contratação de cabo eleitoral. Isso não condiz com uma administração que quer seriedade. O Governo tem que apresentar os resultados desse programa para mostrar o que foi feito e justificar a contratação dessas pessoas. Temos que saber qual o papel dessas pessoas”, disse o deputado.

Deputado defende supervisores do Zona Franca Verde
O deputado Chico Preto (PMDB) defende a atuação dos supervisores do programa Zona Franca Verde classificando-a como estratégica para o realização das ações do Governo no interior do Estado. “Eles aperfeiçoam as políticas públicas principalmente nas localidades onde foram prefeitos. Conhecem a realidade”, disse o parlamentar.

Chico Preto criticou as declarações feitas pelo deputado Luiz Castro. Disse que o deputado crítica hoje os supervisores do ZFV mas, na década de 90 fez parte, quando deixou de ser prefeito de Envira, do conselho de ex-prefeitos criado pelo então governador Amazonino Mendes para coordenar as ações do programa Terceiro Ciclo. “O conselho passou por adequação para o Zona Franca Verde. Eu só não posso concordar com a presunção de que só ele (Luiz Castro) trabalhou”, disse.

Membro da bancada governista, Chico Preto desafiou os deputados da oposição a apresentarem provas de que existem funcionários fantasmas no Governo do Estado. “Se existe denúncia que seja feita de forma clara com provas. Não há orientação e nem disposição do Governo em passar a mão em irregularidades. As pessoas que foram nomeadas para cumprir um papel no desenvolvimento das políticas públicas”, disse.

O mesmo tom foi adotado pelo lider do Governo na ALE-AM, deputado Sinésio Campos (PT). Ele criticou o que classifica como denuncismo. “Se vão entrar com representação que entrem. Mas é bom lembrar que, quem acusa, tem o ônus de apresentar a prova. Temos que acabar com esse denuncismo”, disparou.


Sinésio Campos ressaltou a importância do programa ZFV que, na avaliação dele, está mudando a vida da população do interior do Estado. “O programa está trabalhando a questão da oportunidade de emprego e renda em municípios marcados pelo isolamento. Mudou a cara do interior. Parte da merenda escolar que era de almôndegas hoje é fruto da produção rural. O Governo compra essa produção agrícola para a merenda escolar”, enfatizou o deputado.

Supervisor teve sete prestações de contas reprovadas pelo TRE-AM
Ex-prefeito de Tonantins, Jorge Amazonas Azevedo foi nomeado, no último dia 21, supervisor do programa Zona Franca Verde com salário mensal de R$ 6 mil. Ele teve sete de um total de oito prestações de contas reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).

Está lotado na Secretaria Estadual de Saúde (Susam). Azevedo é um dos 12 ex-prefeitos contemplados com o cargo de supervisor. Ao menos sete de seus colegas de função possuem irregularidades com a Corte de Contas ou com a Justiça.

Os ex-prefeitos de Canutama Raimundo Amorim e Raimundo Costa, que têm três contas reprovadas estão na lista. Assim como os ex-prefeitos de Manicoré, Emerson Pedraça (três contas); de Amaturá Luiz, Pereira (quatro); Simão Barros, de Codajás (três); Esmeralda Moura, de Anamã (uma conta); José Nivalter de Lima de Itapiranga (duas contas; uma está com recurso); e Almino Albuquerque, de Tapauá (responde a denúncia-crime no TRE).

Filhos de ex-prefeitos também fazem parte da relação: Carlos Enock Esteves, do ex-prefeito de Maués, Carlos Esteves; Israel Assayag, filho do ex-prefeito de Silves, Moisés Assayag.

Um comentário:

  1. é por causa desses homens sem escrúpulos que existe tanta pobreza e seus desdobramentos no mundo. Salários para vagabundos, que já desviam dinheiro em muitas outras coisas, é o fim piorado das coisas. Governador autoritário e ditador que acha que todo mundo é imbecil, que vai concordar com essa politicagem dos piores malandros governistas. Hoje moro em São Paulo, infelizmente não posso estar aí pra lutar junto com o meu povo do Amazonas contra essa corja de assaltantes legalizados. Mas é o meu protesto. Parabéns pelo blog. Informações verdadeiras e em linha com o anseio de transformações que o mundo clama. Vou sempre acessá-lo.

    ResponderExcluir

Comente essa matéria.Comentários alheios ao assunto ou que agridam a integridade moral das pessoas, palavrões, desacatos, insinuações, serão descartados.

SIGA ESTE BLOG