terça-feira, 26 de maio de 2015

Entidades estudantis debatem Plano Estadual de Educação, em Audiência Pública proposta por José Ricardo e Alessandra Campêlo

Manaus, 26 de maio de 2015.
Deputados José Ricardo e Alessandra Campêlo com os estudantes
Os estudantes do Amazonas foram excluídos da Comissão de Sistematização do Documento Base do Plano Estadual de Educação (PEE) e das discussões para o aperfeiçoamento do Plano no chamado Dia D da Educação. Mas hoje pela manhã (26) tiveram espaço aberto para debater amplamente esse importante documento que contém diretrizes e metas a serem alcançadas até 2024, em conformidade com o Plano Nacional de Educação (PNE), em Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), proposta pelo deputado José Ricardo Wendling (PT), por meio da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, da qual é presidente, juntamente com a deputada Alessandra Campêlo (PCdoB).

 Dentre as propostas apresentadas pelas entidades estudantis, destacam-se estrutura adequada para prática de ensino, a representatividade estudantil por meio de grêmio estudantil, a valo­rização dos profissionais da educação, com salários justos e estrutura adequada das escolas; a reformação do ensino médio, com foco na capacitação profissional; me­lhorias no ensino básico; ampliação do ensino superior para o interior do Estado, in­cluindo, criação de creches universitárias; e até destinação dos recursos vindos da ex­tração mineral no Amazonas, como a bauxita, para melhorar a educação amazonense.
 De acordo com José Ricardo, o Dia D da Educação promovido pelo Governo do Estado para debater o Plano Estadual de Educação nas escolas, no último dia 19 de maio, mais pareceu com o Dia D de Desarticulação, pois o Governo mandou os estudantes para casa e não chamou a comunidade para debater o PEE. “Nas escolas estavam reunidos somente professores e funcionários. Mas os estudantes fazem par­te da comunidade escolar e devem ser o principal público-alvo dessas discussões”, cri­­ti­cou ele, cobrando que nessa única Audiência Pública que acontecerá no próximo dia 29 de maio, promovida pelo Estado, sejam acatadas novas propostas de alteração ao PEE. “Iremos encaminhar ao Governo as propostas vindas dessa Audiência. O Pla­no Es­tadual de Educação é muito importante para ajudar mudar a realidade do Ama­zo­nas, que se encontra nas últimas colocações nas avaliações de desempenho”.
 O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Lucas Pinheiro, afirmou que é fundamental valorizar os professores, que trabalham nas es­colas sem estrutura mínima. “Também lutamos para que seja feita uma reformulação no ensino médio, para garantir qualificação técnica aos nossos estudantes”, disse ele, enfatizando ainda a necessidade de melhorias no ensino básico.
 Para o representante da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), professor José Braz, os estudantes foram sim contemplados no PEE quando participaram das Conferências Estadual e Nacional de Educação, realizadas em outubro de 2013 e novembro de 2014, respectivamente, com diversas propostas que foram levadas à Comissão de Sistematização do Plano Estadual. “Do Dia D da Educação tiramos mais de 12 mil propostas, que estão sendo agora sistematizadas. E no próximo dia 29, no Stúdio 5, teremos um grande debate, onde toda a sociedade ainda poderá fazer propostas ao PEE”, garantiu.
 Já Herbert Gondim, do Movimento dos Trabalhadores em Educação (Movite), criticou o curto tempo em que professores e funcionários puderam discutir o PEE, reafirmando a não participação dos estudantes. “Tivemos um dia para avaliar 21 metas, 292 estratégias em 126 páginas desse Plano. É quase impossível fazer um bom trabalho nesse tempo recorde. Além disso, nenhum estudante foi convidado a participar desse debate, porque foram todos liberados. Por isso, defendemos um novo debate nas escolas”. 
 Assessoria de Comunicação
Cristiane Silveira
(92) 8816-1862/ (92) 8209-7306
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