segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

ATÉ QUANDO MEU DEUS?

*Por Aldemir Bentes de Maués, um apaixonado por Maués.


E Deus saberá confortar os que sofrem

Seria hipocrisia de minha parte, apontar culpado ou culpados, pela tragédia ocorrida em nossa cidade no último domingo, dia 22/01/2012, mas, como cidadão, também seria omissão, não oferecer sugestões para que fatos dessa natureza sejam evitados.
Falamos das nossas belezas naturais, postamos belíssimas fotos de lugares que encantam as pessoas, comentamos sobre o turismo em nosso município, cujos dividendos econômicos, trariam desenvolvimento e melhoria de vida para uma parte da população. Já escrevi alguns textos sobre o tema e confesso, em nenhum deles, tratei do assunto segurança nas praias. Sobre a praia Ponta da Maresia, até procurei autoridades do município e sugeri o reflorestamento para conter a erosão. Infelizmente, o poder público não acata sugestões “alheias”.
O que aconteceu no domingo, sabemos, foi uma fatalidade. Mas essa fatalidade não traria algumas dúvidas na cabeça de muitas pessoas, caso alguns procedimentos tivessem sido tomados a quem de direito, os responsáveis pelo destino de nosso município.
Como relatei acima, “vendemos Maués”, visando chamar os turistas para conhecerem Maués, seja através das nossas festas tradicionais, como o Carnaval Popular, A Festa do Divino, A festa da Padroeira, o Festival de Verão e a Festa do Guaraná. Tudo bem, é bom vender Maués, mas, em termos de segurança, o que estamos “oferendo” aos nossos turistas?
As nossas praias já deveriam estar sinalizadas, com boias, placas de orientação e advertências, além da presença de salva vidas, nos finais de semana. Ocorre que esses procedimentos e cuidados só existem em época das nossas maiores festas, Festival de Verão e Festa do Guaraná. Mesmo assim, lemos matérias com autoridades municipais chamando turistas para a temporada de verão.
Outra providência urgente será montar na praia, nos finais de semana durante as festas e temporada de verão, um posto médico para cuidar dessas emergências, equipado com o mínimo de equipamentos para um socorro imediato.
Segundo algumas pessoas que estavam no momento da tragédia, relatam que a ambulância chegou a “atolar” na areia, o que contribui para o atraso ao socorro imediato. A ambulância não dispõe de equipamentos necessários para uma emergência, no caso, a reanimação do afogado. Se o socorro estivesse ali, na barraca, a morte não seria discutida, pois sabíamos que houve o socorro imediato, infelizmente, não foi capaz de salvar o paciente.
Esperamos que nossas autoridades tomem consciência da importância da vida das pessoas e que fatos dessa natureza, contribuem grandemente, para a imagem negativa do nosso município, já tão desgastada por alguns fatos graves ocorridos por aqui. Vamos buscar solucionar os problemas detectados e tornar seguro o banho das pessoas em nossas belas praias, isso, é o mínimo que podermos fazer, senão, ATÉ QUANDO MEU DEUS?

*Aldemir Bentes é filho de Maués, Mora em Maués, formado no Curso de Letras pela UEA de Maués, administra o Blog do Aldemir de Maués. Maués, segunda-feira, 23/01/2012 – 23:09.

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